Rogério Marinho deu canto de carroceria nos deputados federais General Girão e Sargento Gonçalves ao decidir de modo unilateral apoiar a pré-candidatura de Paulinho Freire a prefeito de Natal. Presidente estadual do PL, não quis nem saber de dialogar a respeito da pré-candidatura de Girão.
Marinho veste kit completo do bolsonarismo. Só que, na hora de produzir coalizões e fazer acordos, age de forma prática. A sua adesão à extrema direita é de situação, assim como já foi ligado a Wilma de Faria nos tempos de PSB e a outras forças no passado. Se o vento mudar, ele alterará a rota.
A presente situação é um exemplo: deixou o bolsonarismo raiz falando sozinho para se juntar ao União Brasil, agremiação hoje coligada com o PT no plano federal.
SEM ESTRUTURA
Sem tempo de TV e sem o apoio de vereadores, como o prefeito Álvaro Dias irá emplacar uma candidata novata? A pré-candidatura de Paulinho Freire em Natal conta com o apoio de 15 vereadores. Além disso, estava lá também o endosso do PL. O prefeito de Natal tem falado em lançar a secretária Joanna Guerra como candidata a prefeita. A questão é que ruma para não ter grande tempo de TV. Além disso, já não conta com a maioria da Câmara Municipal. A se manter esse quadro, vai faltar tempo e espaço para ele apresentar um pleito de uma iniciante na política.
FORÇA
Parece que a recusa dos patriotas militares de receberem pacientes que morriam sem ar em hospitais públicos e privados superlotados, enquanto os hospitais militares estavam vazios, foi na pandemia de gripe, e não na de Covid. Militares, e agora neopentecostais, somam forças e tutelam o governo da vez. É uma força super concentrada diante de uma sociedade dispersa. Não vão perder força e legitimidade. Manterão poder e irão morder cada vez mais o orçamento. A fórmula é inequívoca. Não tem para onde o governo fugir se não ceder.