O senador Rogério Marinho, presidente do PL no Rio Grande do Norte, fez um “apelo” para que a oposição fique unida nas eleições de 2026. O líder bolsonarista no Estado discursou na tarde desta quarta-feira 22 durante um evento em que reuniu políticos de oposição na Praia de Búzios, no litoral sul potiguar.
Em sua fala, Rogério exaltou figuras como o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos). Segundo Rogério, o ex-prefeito da capital potiguar está “talhado” para ser governador do Rio Grande do Norte. Álvaro estava presente.
“Vamos ter que ter, Álvaro, um candidato ao Governo do Estado. E você é alguém que está talhado para essa tarefa. Não tem dúvida nenhuma”, afirmou Rogério, sob olhares do ex-prefeito de Natal. Os dois têm se reaproximado politicamente nos últimos dias, após terem se distanciado em 2022 – quando Álvaro acusou Rogério de atrapalhar o envio de recursos do Governo Federal para Natal.
Durante o discurso, Rogério Marinho exaltou ainda outro aliado: o senador Styvenson Valentim (Podemos), a quem chamou de “voluntarioso”. De férias no Amazonas, Styvenson não estava presente no almoço, mas foi representado pelo prefeito de Acari, Fernando Bezerra, dirigente do Podemos no RN.
“Todos que participamos aqui da vida pública observamos a maneira como ele (Styvenson) amadureceu politicamente. Uma completa transformação de alguém que entendeu a necessidade de se aproximar da classe política para conseguir os resultados que a população precisa. É alguém que tem que ser levado em consideração”, afirmou o senador bolsonarista.
Rogério foi enfático ao defender a união da oposição para as eleições de 2026. “O apelo que eu faço a vocês é que fiquemos juntos. Não vamos soltar a mão de ninguém. Vamos ficar juntos”, declarou Rogério.
Como integrantes do grupo, ele citou ainda o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil), os deputados federais Benes Leocádio, Carla Dickson (ambos do União Brasil), Robinson Faria e Sargento Gonçalves (ambos do PL). Exceto Gonçalves, todos os outros estavam presentes.
Sem citar nomes, Rogério Marinho falou ainda de deputados estaduais e prefeitos, com menção especial ao de Nísia Floresta (onde fica Búzios), Gustavo Santos (PL), além de vereadores. Dezenas de políticos estavam no local.
O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), e o líder do partido dele, o ex-senador José Agripino Maia, não compareceram ao evento.
Evocando a união da oposição, Rogério disse que este é o momento de cada um buscar viabilizar o seu projeto, para que o melhor nome para cada cargo em disputa em 2026 seja definido mais adiante.
“No final do ano, vamos avaliar de que forma o nosso grupo se comportou. Vamos escolher entre nós quem são os candidatos. E nós, do PL, vamos percorrer o estado do Rio Grande do Norte. Como certamente o Republicamos o fará, o Podemos o fará, a União Brasil o fará, porque esse é o papel de quem quer governar: sentindo o sentimento da população”, declarou.
“Não sou ninguém sem o RN, não posso ficar de costas”, afirma senador
Em meio ao ceticismo de que ele vá largar o mandato no Senado e a liderança nacional da oposição para se dedicar à política do Rio Grande do Norte, pleiteando o governo estadual, Rogério afirmou que deve a projeção que tem hoje ao Estado. Rogério é, hoje, líder da oposição no Senado, secretário-geral nacional do PL e figura próxima do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“As pessoas me procuram e dizem: ‘Rogério, é mais confortável, é mais conveniente, para você é muito mais favorável se encontrar onde você se encontra’. Mas eu não posso ficar de costas para o Rio Grande do Norte. Eu não sou nada, não sou ninguém sem o estado do Rio Grande do Norte. Eu não estaria lá sem o apoio e sem o voto da população do meu Rio Grande do Norte. E a gente não faz só o que a gente quer”, declarou o senador.
Ele acrescentou que tem um “propósito” na política e que não vê a atividade política como um “negócio” ou “troca-troca”. “A política é o instrumento, é a ferramenta mais importante de transformação da vida das pessoas, e eu acredito nisso. E por acreditar nisso é que eu estou na vida pública”, enfatizou.
“Estando na vida pública, em vários momentos da minha vida eu tomei decisões que não foram as mais fáceis, que não foram as mais confortáveis, que não foram as mais convenientes. Mas eu pude ir para casa à noite, dormir, acordar no dia seguinte e olhar nos olhos da minha esposa e dos meus filhos e seguir adiante de cabeça erguida com o sentimento do dever cumprido. Porque é assim que se faz política”, finalizou.
