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Polícia

PF indicia ex-dirigentes da PRF por ação contra eleitores de Lula em 2022

De acordo com o relatório da PF, a PRF foi usada para tentar impedir o deslocamento de eleitores no segundo turno da eleição
Redação
23/01/2025 | 06:56

A Polícia Federal indiciou quatro ex-dirigentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do governo de Jair Bolsonaro (PL) sob a suspeita de dificultar o deslocamento de eleitores de Lula (PT) nas eleições de 2022 com a realização de blitze durante o segundo turno.

Foram indiciados Luis Carlos Reischak Junior, ex-diretor de Inteligência, Rodrigo Cardozo Hoppe, ex-diretor de Inteligência substituto, Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações, e Adiel Pereira Alcantara, ex-coordenador de Análise de Inteligência da PRF.

PRF / REPRODUÇÃO
Ao realizar as blitze, Silvinei teria descumprido uma ordem do ministro do STF e então presidente do TSE Alexandre de Moraes - Foto: PRF / REPRODUÇÃO

Os investigadores da PF também indiciaram Bruno Nonato dos Santos Pereira, ex-coordenador-geral de Inteligência e Contrainteligência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro, mas o caso só veio à tona nesta quarta-feira 22.

No documento, a PF elencou ao menos cinco crimes atribuídos aos ex-diretores: desobediência, prevaricação, restrição ao exercício do direito do voto e participação no crime de tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.

Esta é a segunda leva de indiciamento na mesma investigação. Em agosto, a PF indiciou o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e outras quatro pessoas sob suspeita de uso da corporação rodoviária para impedir que eleitores de Lula votassem.

De acordo com o relatório da PF, a PRF foi usada para tentar impedir o deslocamento de eleitores no segundo turno da eleição. Segundo os investigadores, Silvinei determinou a realização de blitze no transporte de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde o petista teve ampla margem de votos no primeiro turno.

Ao realizar as blitze, Silvinei teria descumprido uma ordem do ministro do STF e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes.

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