A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) afirmou que a requalificação das calçadas chegou a 49,07% de conclusão. Iniciada no início de 2023, o planejamento para finalização está previsto entre os meses de março e maio de 2024. Nas últimas semanas, a avenida Hermes da Fonseca passou a receber, durante os turnos da manhã e tarde, a manutenção das vias de pedestres no sentido Tirol – Lagoa Nova.
Entre as vias de Lagoa Nova e Tirol contempladas no planejamento, estão as avenidas Prudente de Morais, Afonso Pena, Amintas Barros,Jaguarari, Nascimento de Castro, Nevaldo Rocha, Tororós, Xavier da Silveira, Salgado Filho e São José.
De acordo com o projeto da secretaria, a requalificação das vias de passagem de pedestres acontece em parte das Zonas Leste e Sul de Natal. Para a secretária adjunta da Semurb, Alessandra Marinho, a manutenção e readequação das calçadas são necessárias para atender a circulação segura dos pedestres, independentemente das limitações físicas.
“Ao garantir calçadas sem obstáculos, niveladas e arborizadas, passamos a incentivar o uso das mesmas pela população e garantir o direito de ir e vir das pessoas, de forma segura e confortável. A cidade passa a ser redesenhada para as pessoas, aumentando a qualidade de vida e o bem estar da população, além de garantir o atendimento às legislações federais que abarcam sobre regras de Acessibilidade e Direito à inclusão”, apontou.
Em relação às obras de manutenção atingirem outras zonas da capital potiguar, a secretária afirma que o projeto ainda não há previsão de expansão. No entanto, “outras obras em paralelo, já contarão com o mesmo modelo de padronização nas calçadas”.
ACESSIBILIDADE
Em outubro de 2022, o estudante de direito Carlos Augusto afirmou ao AGORA RN que a estrutura das calçadas, mesmo sendo diferente em algumas regiões, ainda é algo que decepcionante. “Nas áreas de maior fluxo de turistas e pessoas de maior poder aquisitivo a acessibilidade ainda é vista, mas em locais menos movimentados vejo um esquecimento do poder público”, afirmou.
Além desse problema, Carlos citou que postes obstruindo as passagens, repartições públicas sem rampas/elevadores e com estruturas antigas, além de bares e restaurantes sem banheiros acessíveis também são alguns dos problemas enfrentados por ele quando sai de casa.
A secretária também afirmou na matéria que a não padronização das calçadas era um dos problemas para a dificuldade de acessibilidade. “São criações de degraus, escolha de pisos derrapantes, sinalização tátil irregular, locação de vegetação e mobiliário fora da faixa de serviço, entre outros fatores que corroboram para dificultar o trânsito de pedestres, em especial daqueles que possuem alguma limitação”.
Sobre as obras de requalificação deste ano, Alessandra Marinho afirma que a acessibilidade é fator primordial, uma vez que seu principal objetivo é garantir espaços seguros para qualquer pessoa caminhar.
“Todas as calçadas ficarão com circulação antiderrapante, sem relevos, obstáculos e desníveis no passeio, além de receberem, dependendo de sua largura, a faixa de serviço para plantio de vegetação, de modo a garantir uma circulação mais confortável, termicamente”, disse.