Os especialistas da empresa de cibersegurança Kaspersky identificaram dois golpes que usam o pagamento via QR Code do Pix. Segundo eles, esses tipos de fraude serão uma tendência neste ano. Um dos exemplos é voltado aos usuários domésticos e o outro é focado em pequenas e médias empresas.
No primeiro, aplicam o golpe em uma conta de telefonia/internet com a presença do QR Code. Assim, as vítimas são atraídas por um desconto de 5% se esse método de pagamento for utilizado. Além disso, os criminosos disfarçaram o email que enviou a mensagem.
Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky no Brasil, explica que o Pix trouxe muitos benefícios para empreendimentos, mas também acabou se tornando eficiente para o cibercrime.
“Muitos golpes acabam morrendo na praia, pois a vítima percebe a fraude e consegue cancelar a operação na instituição financeira. Porém os métodos de pagamento digitais, e isso não é exclusividade do Pix, são instantâneos e, consequentemente, vantajosos para quem usa a tecnologia de forma maliciosa”, conclui.
O segundo golpe utiliza uma oferta falsa de uma plataforma de streaming popular em parceria com duas redes de cinema.
As vítimas são atraídas por um suposto plano trimestral para assistir a filmes em cartaz em casa por R$ 267,99. Neste golpe, a única opção de pagamento é o QR Code do Pix.
Segundo ele, para identificar o golpe, é preciso prestar atenção no destinatário. No segundo caso, por exemplo, o endereço não tem relação com as marcas citadas.
No exemplo da fatura falsa, há apenas o código do assinante, sem a informação do nome do cliente, e a identificação é diferente. Existe um número na mensagem e outro na fatura.
Além disso, a empresa adverte que contas de consumo sempre começam com o número 8. E, em caso de promoções, é necessário checar a oferta nos sites das empresas ou em canais oficiais de atendimento.
Ainda é importante confirmar os dados do destinatário antes de concluir o pagamento via Pix. Pagamentos legítimos mostrarão corretamente o nome das empresas.
