BUSCAR
BUSCAR
Processo

Caso Vitória: Família vai entrar na Justiça contra Globo e Patrícia Poeta

Motivo do processo é uma entrevista dada pelo pai da vítima
Redação
11/03/2025 | 12:51

A família de Vitória Regina, jovem de 17 anos assassinada em Cajamar, na Grande São Paulo, decidiu mover uma ação judicial contra a Rede Globo de Televisão e a apresentadora Patrícia Poeta. O motivo do processo é uma entrevista dada pelo pai da vítima, Carlos Alberto Souza, ao programa “Encontro”, na qual ele alega ter sido pego de surpresa por uma revelação feita ao vivo sobre a autoria e motivação do crime.

O episódio, transmitido em rede nacional, gerou grande repercussão e gerou críticas à jornalista.

Caso Vitoria 3
Caso Vitória: Família vai entrar na Justiça contra Globo e Patrícia Poeta - Foto: Reprodução

Os advogados da família, Dr. Fabio Costa e Dr. Luiz Fernando Ortiz, já se reuniram com a equipe jurídica e finalizaram a peça inicial da acusação. A ação será protocolada na próxima semana e busca uma indenização de R$ 200 mil pela exposição vexatória de Carlos Alberto.

Em entrevista à CNN, Dr. Fabio Costa afirmou que o pai da jovem se sentiu “surpreso, perplexo e, principalmente, humilhado” com a forma como a entrevista foi conduzida. “Ele prontamente se dispôs a conceder a entrevista e não imaginava tal atitude”, disse o advogado.

A CNN entrou em contato com as assessorias de imprensa da Rede Globo e de Patrícia Poeta, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Leia também: Caso Vitória: Assassino tinha relacionamento com ex-namorado da vítima, diz Polícia

Polícia descarta pai como suspeito do crime

A polícia descartou a possibilidade de que o pai de Vitória Regina fosse considerado suspeito pela morte da filha. A informação foi divulgada pela equipe de investigação durante uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira 10, na qual foram apresentadas atualizações sobre o caso.

Carlos Alberto Souza, pai da jovem, havia sido incluído na lista de suspeitos após a investigação mencionar um “comportamento estranho” e apontar que o pai da jovem havia solicitado um terreno ao prefeito de Cajamar logo após a confirmação do assassinato de Vitória.

A defesa de Carlos Alberto, representada pelo advogado Fabio Costa, havia informado à CNN que tentaria reverter a situação, classificando a decisão como “absurda”. O advogado destacou que o pai de Vitória nunca foi formalmente ouvido pela polícia, razão pela qual não forneceu detalhes sobre o dia do desaparecimento. Segundo Costa, Carlos Alberto foi incluído entre os suspeitos após omitir que ligou várias vezes para sua filha no dia do desaparecimento.

O diretor do Demacro afirmou que a investigação se iniciou a partir das pessoas próximas à vítima, em uma operação chamada “Latos Senso”, com o objetivo de apurar informações sobre a rotina e as características da vida de Vitória. Após esclarecimentos, Carlos Alberto foi desconsiderado como suspeito.

NOTÍCIAS RELACIONADAS