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Imunização
Apesar de suspensão em Natal, Sesap mantém vacinação de adolescentes sem comorbidade no RN
De acordo com a Sesap, um comunicado do Ministério da Saúde está circulando em grupos, mas não há nada oficial até o momento
Redação
16/09/2021 | 08:36

Apesar da suspensão da vacinação de adolescentes sem comorbidade em Natal, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap-RN) informou ao Agora RN nesta quinta-feira (16) que a imunização vai continuar acontecendo normalmente nos demais municípios do Rio Grande do Norte. De acordo com o órgão, o comunicado do Ministério da Saúde está circulando em grupos, mas não chegou oficialmente.

De acordo com a secretaria, a recomendação é continuar a vacinação nos demais municípios por enquanto. “A Sesap esclarece que vai manter a deliberação tomada anteriormente em conjunto com os municípios e orienta a continuidade da vacinação contra a Covid-19 entre adolescentes de 12 a 17 anos, com ou sem comorbidades, no Rio Grande do Norte”, informou através de nota enviada à imprensa no início da tarde desta quinta 16.

“Para tanto, a Sesap irá aguardar ainda um posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), requisitado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a respeito de eventuais mudanças com relação à aplicação dos imunizantes nos menores de idade, como sinalizou o Ministério da Saúde. A Sesap mantém seu apoio ao processo de vacinação, a confiança na segurança dos imunizantes disponíveis e nas experiências científicas que garantem a eficácia para esse público. É público e notório que o avanço da vacinação vem trazendo resultados substanciais no RN, salvando diversas vidas e evitando internações na rede de saúde”, finaliza.

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) suspendeu que a vacinação de adolescentes sem comorbidade nesta quinta-feira (16). A ação decorre de uma recomendação do Ministério da Saúde enviada para o órgão afirmando que na faixa etária de 12 a 17 anos não existe gravidade e apenas quem tem algum fator de agravamento da doença devem ser imunizados neste momento.

A informação foi encaminhada pelo Ministério da Saúde a SMS durante a madrugada desta quinta-feira. Até que todos os pontos sejam esclarecidos, a vacinação continuará suspensa.

Ministério da Saúde recomenda suspensão

Um dia após começar a vacinação contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o Ministério da Saúde suspendeu a imunização para adolescentes entre 12 e 17 anos sem comorbidades. Inicialmente, o governo federal pretendia vacinar 20 milhões de pessoas desse público.

Em nota técnica enviada às secretarias de Saúde, a pasta informa que “revisou” a recomendação e justifica que a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 demonstra evolução “benigna”, apresentando-se assintomáticos.

A nota foi publicada no sistema do Ministério da Saúde às 21h30 de quarta-feira 16, ou seja, menos de 24 horas após o início da campanha para esse público.

“Os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos”, explica no texto a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo.

Além disso, segundo a secretária, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a imunização de criança e adolescente, com ou sem comorbidades.

Inicialmente, a recomendação da pasta era outra. Em julho, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adiantou que o público participaria da campanha de vacinação.

Apesar de não representarem o maior volume de hospitalizações e de casos graves desde o início da pandemia, crianças e adolescentes respondem por 2,5% das internações e 0,34% das mortes até agora, segundo projeções do presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Renato Kfouri.

De acordo com a estimativa de Kfouri, foram mais de 520 mil internações e cerca de 2 mil mortes.

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) defende a imunização desse público. “A vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária, priorizando neste momento aqueles com comorbidade, deficiência permanente e vulneráveis, como os privados de liberdade e em situação de rua. Havendo quantitativo de doses suficientes para atender a estas prioridades, deve imediatamente ser iniciada a vacinação dos demais adolescentes”, informa, em nota.

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