02/07/2019 | 18:08
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales, disse nesta segunda-feira, 1º, que com o acordo anunciado no último dia 28 de junho entre os países do Mercosul e da União Europeia (UE), as cadeias produtivas do pescado e da carcinicultura serão fortalecidas no estado.
Para ele, o acordo trará ganhos significativos para o Brasil e, consequentemente, o Rio Grande do Norte também será beneficiado. “As cadeias produtivas mais importantes do estado serão fortalecidas, como o pescado e a carcinicultura. Acredito que ganharemos de cara alguns clientes fortes”, projetou.
O Rio Grande do Norte é conhecido por ser um dos principais produtores de camarão do Brasil. Apesar disso, entre os anos de 2003 e 2018 a produção caiu de 90 mil para aproximadamente 50 mil toneladas. Isso porque, com a comercialização restrita ao mercado interno, o RN perdeu seu principal consumidor, que era o mercado europeu.
O tratado finalizado na última sexta-feira envolve os 28 países da União Europeia e as quatro nações que fazem parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Foi considerada uma das negociações mais importantes que o Brasil já firmou e uma das grandes benfeitorias da administração do atual presidente Jair Bolsonaro.
Com o acordo, o governo estima que as exportações brasileiras para a União Europeia aumentem em cerca de R$ 384 bilhões até 2035. Já em relação às importações, estima-se que a maioria das tarifas do Mercosul sobre produtos europeus sejam removidas, como as dos setores industrial, agrícola e alimentício.
Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, divulgou nesta segunda-feira, 1º, com o acordo, o Brasil poderá ter ganhos de até R$ 500 bilhões em dez anos para o Produto Interno Bruto (PIB, que é soma dos valores de todos os bens e serviços produzidos no País).
*Estagiária sob a supervisão de Rodrigo Ferreira