Depois de passar mal durante um compromisso nesta sexta-feira 11 no Rio Grande do Norte, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu entrada no hospital Rio Grande, em Natal, onde continuava internado até o fechamento da Coluna Opinião, ontem à noite. No último boletim, a equipe médica informou que não havia previsão de alta. Luiz Roberto Fonseca, diretor do hosiptal, disse que, mesmo internado e monitorado por máquinas e profissionais de saúde, o ex-presidente manteve o otimismo.
Bolsonaro conversou por vídeo com Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, do leito do hospital. O ex-presidente revelou seus planos para quando tiver alta.
“Ainda estou sem previsão de alta. Esse protocolo médico precisa ser seguido corretamente. Quando eu tiver alta, volto para casa, em Brasília, e, depois de 10 ou 15 dias, retorno ao Nordeste para retomar as agendas da Rota 22”, disse Bolsonaro, sobre o tour nacional que pretende realizar.
PREVISÃO
O médico pessoal do ex-presidente, o cirurgião Antônio Macedo, era esperado Natal para a madrugada de hoje. Ao Metrópoles, ele falou sobre o estado de saúde de Bolsonaro, mas alertou que ainda não é possível definir se o quadro poderá ser revertido com medicamentos ou se o ex-presidente precisará ser submetido a uma cirurgia.
NOVA CIRURGIA
Caso seja necessária uma cirurgia, o procedimento deverá se concentrar na desobstrução do intestino, que pode estar bloqueado, para que volte a funcionar normalmente. A operação, de acordo com o médico do ex-presidente, pode ocorrer em São Paulo ou em Natal. Segundo o cirurgião Antônio Macedo, a condição abdominal aguda se assemelha a uma paralisia ou a uma obstrução intestinal. No momento, Bolsonaro está sendo medicado, e o caso não é considerado grave.
ATENDIMENTOS
Antes de sofrer fortes dores abdominais na cidade de Tangará, Bolsonaro foi levado de carro para atendimento no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, onde foi estabilizado. Em seguida, foi transferido de helicóptero para Natal. A governadora Fátima Bezerra (PT), apesar de ser adversária, orientou “todas as providências necessárias” para o atendimento ao ex-presidente.
ORAÇÕES
“Peço a todos que fiquem em oração pelo presidente Jair Bolsonaro. Estamos confiantes de que ele superará mais esse desafio e, em breve, voltaremos a percorrer todo o Brasil e retornar ao Rio Grande do Norte”, comentou o senador Rogério Marinho, ainda em Santa Cruz.
DEVER
“Determinei total empenho e a adoção de todas as providências necessárias por parte das equipes das Secretarias de Saúde e de Segurança Pública do Rio Grande do Norte para prestar assistência ao ex-presidente da República”, publicou a governadora no X (antigo Twitter). O helicóptero que transportou Bolsonaro de Santa Cruz (RN) para a capital foi o helicóptero Potiguar 02, nome dado ao modelo italiano AW119kx.
ANISTIA
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negocia com o presidente Lula (PT), lideranças políticas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) um acordo para encontrar uma alternativa ao projeto de lei que dá anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. O paraibano tenta construir um consenso entre os três Poderes para reduzir a pressão pela aprovação da proposta, que é defendida pelo ex-presidente Bolsonaro, mas vista como uma afronta ao Supremo e possível gatilho de uma crise institucional.
PRESSÃO
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que já conseguiu as 257 assinaturas necessárias no Congresso Nacional para pedir que o projeto da anistia aos golpistas de 8 de janeiro vá direto para plenário. Entre os signatários, estão quatro deputados do Rio Grande do Norte: Benes Leocádio e Carla Dickson (União Brasil) e General Girão e Sargento Gonçalves (PL).
