Prestes a desembarcar no Rio Grande do Norte para uma agenda de dois dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira 7 que a próxima manifestação em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro deve acontecer na região Nordeste. A cidade específica, contudo, ainda não foi decidida, nem a data.
“Não tem data marcada. A ideia é pegar uma cidade do Nordeste”, afirmou Bolsonaro durante entrevista à Revista Oeste. “Estamos vendo qual o melhor estado do Nordeste para se fazer presente. Até para mostrar que não é só Rio São Paulo, o Nordeste está conosco também”.

A última mobilização aconteceu no domingo 6, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP). Levantamento de um grupo de pesquisadores da USP aponta que 44 mil pessoas estiveram presentes. Estiveram presentes sete governadores: Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Ronaldo Caiado (Goiás), Wilson Lima (Amazonas), Ratinho Junior (Paraná) e Mauro Mendes (Mato Grosso).
Antes do ato de São Paulo, Bolsonaro realizou um ato em prol da anistia em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 16 de março.
GESTO
Do nada, o ex-prefeito Álvaro Dias (Republicanos) foi às redes sociais fazer um elogio ao prefeito Paulinho Freire (União). “Parabenizar pela boa gestão e pelo aumento salarial de mais de 12 por cento, concedido ao funcionalismo público municipal, logo no início da sua gestão”, afirmou Álvaro.
PRESSÃO NO TRE
Não foi bem recebida no TRE a notícia da convocação de um ato nesta segunda-feira em apoio ao prefeito de Lajes, Felipe Menezes (MDB). O chamado para o ato, que começaria em frente à Prefeitura e terminaria no Fórum da Comarca de Lajes, começou a circular horas depois de Felipe ser cassado pela primeira instância da Justiça Eleitoral, ontem pela manhã. Por falta de adesão, o ato não aconteceu, mas a informação da movimentação chegou ao TRE. Na Corte, não gostaram da articulação de apoiadores do prefeito para fazer pressão pública contra a Justiça Eleitoral.
FALASTRÃO
O senador Hamilton Mourão (Republicanos) criticou o discurso do pastor Silas Mafalaia sobre o Alto Comando do Exército, feito durante a manifestação bolsonarista na Avenida Paulista no domingo 6. Em publicação no X, Mourão chamou Malafaia de “falastrão” e sem “escrúpulos”. Em cima do trio elétrico, Malafaia classificou os generais de quatro estrelas de “frouxos”, “covardes” e “omissos” por não reagirem à prisão de Braga Netto.
AÇÃO DOS PRECATÓRIOS
Um acordo firmado entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Adurn) vai viabilizar o pagamento de cerca de R$ 300 milhões distribuídos para mais de 1,9 mil professores da UFRN. O pagamento é referente à chamada “Ação dos Precatórios”, que durava 34 anos, sendo considerada a mais antiga em tramitação na Justiça do Trabalho no estado. O valor a ser pago é referente às perdas salariais decorrentes dos planos econômicos Bresser e Verão, entre os anos de 1987 e 1989. A ação prevê o pagamento de cerca de R$ 200 mil, em média, em indenizações a cada professor.
DESIGUALDADE
As mulheres ganham 20,9% a menos que os homens empregados no setor privado do País. É o que mostram dados do Relatório de Transparência e Igualdade Salarial, divulgado nesta segunda-feira 7 pelo Ministério do Trabalho.Os números fazem parte do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) de 2024. No primeiro relatório, divulgado em março do ano passado, a desigualdade foi de 19,4%. Já no segundo, que saiu em setembro, o número passou para 20,7%.