Há dias que a Coluna Opinião vem alertando que o senador Rogério Marinho (PL) iniciou uma estratégia política para unir a oposição e tirar o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) da disputa pelo Governo do Estado.
Essa semana, em entrevista a uma emissora de Rádio do Seridó, Rogério foi indagado sobre a candidatura de Allyson a governador. “Ele tem desafios à frente e muito trabalho a ser feito em Mossoró, mas no momento oportuno vamos discutir política”, desconversou, sem se aprofundar que pode apoiar o nome do prefeito de Mossoró.

Rogério que vai prestigiar à manifestação pró-anista convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo. No Rio Grande do Norte, ele quer aproveitar a chegada do ex-presidente para alavancar seu nome ao Governo do Estado. Rogério tem colocado assessores para “convidar” prefeitos a assinarem a ficha do PL, com a presença de Bolsonaro.
Em 2024, ele só conseguiu eleger 18 prefeitos, mesmo tendo R$ 30 milhões em fundo partidário só para o Estado. “Eu só posso ser candidato ao governo, não posso ser candidato ao Senado porque já sou senador. Então, em relação ao Styvenson, estamos absolutamente afinados”, tem dito Rogério.
RESULTADO
O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) confirmou a liderança da chapa de Glaucio Garcia, que teve 118 votos contra 81 de Iara Maria Pinheiro de Albuquerque. Atual procurador -adjunto, Glaucio encabeçará a lista para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, no biênio 2025-2027. A eleição ocorreu ontem, por meio virtual. A governadora Fátima Bezerra terá um prazo para definir o novo procurador-geral. Nas últimas eleições, a governadora sempre manteve a nomeação de quem encabeçou a lista.
REUNIÃO
Ainda em silêncio, e quase nada vazou de um encontro recente entre o senador Rogério Marinho, o prefeito de Natal, Paulinho Freire e o suplente de senador, Flávio Azevedo, interessado em ficar quatro anos no Senado, caso Rogério vença a disputa para governador. Estratégias e missões dadas a Paulinho para convencer o União Brasil de ir com Rogério.
DÚVIDA
A Cosern não esconde que ao contrário das especulações não terá a obrigação de pagar cerca de R$ 2bi ao Governo Fátima Bezerra. É que agora a renovação da concessão, prevista nos contratos de privatização da época, não implica em pagamentos aos governos estaduais, já que o poder concedente é a União. Será?
APOIO À ANISTIA
Do Rio Grande do Norte, até o fechamento da Coluna Opinião, três deputados potiguares assinaram o projeto de lei, que concede anistia aos condenados pelos atos extremistas de 8 de Janeiro. General Girão e Sargento Gonçalves, ambos do PL, além de Carla Dickson (União Brasil). Eles integram a lista dos 165 congressistas signatários do requerimento de urgência (que acelera a tramitação) do texto.
POTIGUAR NO PLANALTO
Recentemente, Swedenberger Barbosa, conhecido como Berg, foi nomeado para comandar a chefia adjunta do gabinete pessoal do presidente Lula no Palácio do Planalto. Ele foi ex-secretário Executivo do Ministério da Saúde, ou seja, o número 2 até fevereiro. Berg é potiguar, formado em odontologia pela UFRN e um quadro histórico do PT. É primo da secretária executiva da governadora Fátima, Simone Gameleira Cabral.
IDEOLOGIA
A Câmara Municipal do Natal precisa ficar atenta com a instalação da comissão especial de inquérito (CEI), para investigar invasões a propriedades privadas na capital potiguar. O tema é oportuno, mas não pode cair na polarização e ficar como ideologia de esquerda e direita. Essa semana, até os militantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) foram fazer protesto contra a CEI. Os vereadores Matheus Faustino (Direita) e Daniel Valença (esquerda) batem boca e são pré-candidatos a deputado.
FORA
A senadora Zenaide Maia (PSD), vice-líder do Governo no Congresso Nacional, não foi convidada para o encontro com senadores na residência oficial de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e com a presença do presidente Lula da Silva (PT). A líder da bancada feminina, Leila Barros (PDT-DF) foi. Reunião era só com senadores e teve os líderes todos dos partidos aliados, além do o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) e do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), na residência oficial do presidente do Senado.