O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quinta-feira 5 que estava “completamente errado” sobre o uso de câmeras corporais por parte de policiais militares. A declaração, dada a jornalistas em evento de vistoria das obras do metrô da estação Santa Clara, na zona leste de São Paulo, ocorre após uma série de críticas à corporação, em razão de episódios de violência envolvendo agentes dentro e fora de serviço.
“Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Eu tinha uma visão equivocada, fruto da experiência pretérita que eu tive. Hoje estou plenamente convencido de que é um instrumento de proteção da sociedade e do policial. Vamos não só manter o programa, como também ampliá-lo”, afirmou o chefe do Executivo estadual.
Durante a campanha eleitoral de 2022, o governador chegou a dizer que “acabaria” com o equipamento acoplado às fardas dos policiais.
Neste ano, Tarcísio contratou um novo modelo de câmera corporal, que permite ao agente ligar e desligar o equipamento, diferentemente das usadas atualmente pelos policiais, que gravam de forma ininterrupta. A partir do ano que vem, serão implementadas 12 mil unidades desse dispositivo.
Tarcísio ressaltou que não deve substituir as câmeras corporais usadas atualmente pela PM. A ideia, segundo o governador, é que as câmeras antigas continuem a ser utilizadas.
“Não é nossa ideia, de maneira nenhuma, fazer com que a gente afrouxe a política. A gente começa um período de testes. Enquanto a gente não estiver seguro em relação à tecnologia, a gente não descontinua as câmeras que estão funcionando”, pontuou.
“A ideia é fazer com que o policial acione a câmera quando entrar em operação. Além disso, você tem os mecanismos de acionamento remoto, por exemplo, via Copom. Houve uma ocorrência e o próprio Copom vai poder fazer o acionamento. Você vai ter o acionamento por Bluetooth, em que você pega profissionais na mesma área de ocorrência e faz o acionamento automático.”
Com informações do portal Metrópoles