24/06/2021 | 12:49
Baseado em uma pesquisa de internet, o Ministério da Saúde elaborou um documento de oito páginas pelo qual negou, em 14 de julho de 2020, a compra de vacinas da Pfizer/BioNtech. As informações são do blog de Lauro Jardim, do jornal O Globo. O argumento era de que o imunizante não reunia provas suficientes de confiabilidade em “eficácia e segurança”.
Segundo ele, oito dias depois de o governo brasileiro rejeitar a proposta alegando duvidar dos resultados da vacina, os EUA compraram 100 milhões de doses ao custo de U$ 1,95 bilhão.
Os documentos estão em análise pela CPI da Covid.
A Nota Técnica nº 33/2020, elaborada pela Coordenação de Monitoramento e Avaliação de Tecnologias em Saúde, foi feita para responder a uma proposta enviada ao ministério dois meses antes, em 4 de maio, pela Pfizer.
A nota atesta que seu objetivo era “apresentar uma revisão rápida da literatura” sobre a vacina. Para isso, os responsáveis por ela fizeram uma busca, em 2 de julho, em cinco bases de dados existentes na internet sobre a vacina.
Ao fim do relatório sobre o que haviam encontrado nas postagens pelas quais navegaram, concluíram, em um parágrafo, que era melhor “aguardar até que resultados de segurança dos estudos em andamento e o prosseguimento para estudos maiores de eficácia com maior número de pacientes sejam publicados para que se possa demonstrar com maior robustez e confiabilidade os resultados de eficácia e segurança da vacina em questão”.