14/12/2020 | 06:53
O potiguar Filipe Medeiros sempre foi criativo. Quando criança, aprendeu a tocar violão e criou uma banda com o irmão. Já na adolescência, foi para o grupo de rap VelociCrew e segue hoje criando música ao lado dos outros dois integrantes. Agora, aos 21 anos, o jovem decidiu focar também na carreira solo e, por isso, prepara o lançamento do álbum “Diário do Futuro” para o início de 2021.
Recentemente, o artista – mais conhecido como Futurista Fortunato – lançou em todas as plataformas digitais o single “Troca Equivalente”, que traz um relato de autoafirmação. “A troca equivalente, por exemplo, é um processo alquímico onde se paga um preço para obter aquilo que se espera.
O primeiro verso da música traz referência ao livro ‘O Retrato de Dorian Gray’, do escritor Oscar Wilde, um jovem belo que busca uma perfeição inalcançável e, para isso, acaba pagando um preço maior do que realmente imaginou”, contou.
O disco “Diário do Futuro” terá nove faixas autorais e será um registro de uma fase dolorosa para Fortunato. “Tive um filho e precisei aprender a ser mais responsável”, relembrou. “Me vi na trajetória de ser pai antes, durante, e depois do fim do mundo. Isso porque estamos esgotando os recursos naturais disponíveis, a tecnologia está acabando com a sociedade. Então o álbum trata sobre ter um filho no meio desse processo e sobre como estou lidando com isso”.
Sobre a sonoridade, Fortunato acredita que a coletânea trará uma nova identidade para o rap, a partir de uma mistura inusitada de gêneros. “Podemos dizer que o disco é realmente de rap, mas terá elementos do punk rock e do emo – que não são tão comuns entre nós. Me inspirei ainda no álbum ‘AmarElo’, do Emicida, nas batidas e nas reflexões sobre nosso relacionamento com o planeta. Também tive referências nos artistas Lil Revive, Machine Gun Kelly e Sidoka”.
Entre outros conteúdos já planejados para breve, como videoclipes e zines, o jovem pretende passar uma mensagem específica através dos trabalhos artísticos, provocando reflexões sobre sustentabilidade. “Todo dia, o mundo acaba um pouquinho. A pandemia da Covid-19 conseguiu fazer a gente olhar para isso, observar como faz mal para a terra. É por isso que quero conscientizar as pessoas, é meu objetivo”, pontuou.