A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, na manhã desta sexta-feira 27, a “Operação Profanos”. A ação teve como objetivo prender os mandantes do homicídio que vitimou o prefeito de João Dias, Francisco Damião de Oliveira, conhecido como Marcelo Oliveira, e seu pai, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos. O crime foi registrado no dia 27 de agosto de 2024.
Durante a operação, um homem apontado como um dos mandantes foi preso no município de João Dias. Além disso, a ex-prefeita do município e uma vereadora, ambas investigadas por envolvimento no crime e com prisão decretada pela Justiça, não foram localizadas e são consideradas foragidas.
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Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de João Dias, Patu e Marcelino Vieira. A ação contou com o trabalho de 40 policiais civis da Diretoria de Polícia Civil da Grande Natal (DPCIN) e da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE). Investigações anteriores relacionadas aos executores do crime resultaram na prisão de seis suspeitos.
“Essa investigação começou desde o dia do acontecimento, que vitimou o prefeito da cidade de João Dias e também era candidato à reeleição na cidade no dia 27 de agosto. Logo no dia do crime, fixemos uma diligência no local do crime durante a tarde e no mesmo dia do crime, conseguimos prender algumas pessoas em flagrante relacionadas ao homicídio do prefeito Marcelo da cidade de João Dias. Foram presos duas pessoas durante a noite, um assinante civil com a polícia militar e no dia seguinte, foi preso um terceiro executor” explicou o delegado Alex Wagner.
Pastor é um dos envolvidos em morte de prefeito
O nome da operação, “Profanos”, faz alusão ao termo que caracteriza atos de desrespeito a princípios sagrados, em referência à conduta dos envolvidos. Segundo as investigações, o crime foi articulado durante um culto religioso.
“Foi preso hoje um pastor. Momentos antes do crime, ele disse onde estava o prefeito e disse para executarem o crime. Ele cogitou que o crime fosse executado dentro de um culto, onde o prefeito Marcelo visitava, porque era um momento que ele estava exposto e vulnerável. Mas aí encontraram um outro menor momento, quando ele estava fazendo campanha política. Ele estava visitando a casa dos moradores da cidade de João Dias em campanha política. Encontraram esse momento de vulnerabilidade e aí as sete pessoas executaram o crime” explicou o delegado.
Matéria em atualização.