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Abin

Lula demite número 2 da Abin e escolhe nome técnico para a vaga

PF indicou que Moretti dificultou apurações sobre espionagem
Redação
31/01/2024 | 09:14

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu nesta terça-feira 30 o diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alessandro Moretti. A dispensa ocorreu após o escândalo envolvendo a busca e apreensão em endereços do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moretti era o braço-direito do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e é muito ligado ao ex-presidente.

Diligências da Polícia Federal indicaram que tanto Moretti como outros integrantes da cúpula da Abin dificultaram as apurações e estariam agindo em “conluio” com servidores investigados.

Moretti (foto) era o braço-direito do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa - Foto: PEDRO FRANÇA / SENADO
Moretti (foto) era o braço-direito do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa - Foto: PEDRO FRANÇA / SENADO

O novo diretor-adjunto será o cientista político Marco Cepik, diretor da Escola de Inteligência da Abin e um dos maiores especialistas do País nessa área. A nomeação de Cepik, autor do livro Espionagem e Democracia, saiu em edição extra do Diário Oficial da União. Lula também demitiu quatro chefes de departamentos da Abin. Mudou, ainda, outros sete diretores – um deles irá para o lugar de Cepik na Escola de Inteligência.

Aliados do governo e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pressionam agora o presidente a demitir Corrêa e cobram mudanças no modelo de funcionamento da agência.

No relatório enviado ao STF, a Polícia Federal diz que Moretti se reuniu com servidores, em março do ano passado, e afirmou que a investigação sobre a “Abin paralela” tinha “fundo político” e iria “passar”.