A fuga de dois detentos do presídio de segurança máxima de Mossoró ainda é assunto frequente entre as forças de segurança. Para o coronel Francisco Araújo, titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Civil (Sesed), o assunto causa preocupação, mas o desfecho é visto com otimismo pelas forças de segurança e que os agentes trabalham de forma motivada.
Em entrevista na rádio 91 FM, o secretário foi questionado a respeito do trabalho das forças de segurança em busca de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça. Araújo diz ter entrado em contato com Felipe Sampaio, secretário nacional adjunto de Segurança Pública, e afirmou que as perspectivas são vistas com otimismo. “Dr. Felipe me ligou. Conversamos um bom tempo e justamente sobre a quantidade de dias, quantidade de policiais, e as nossas ações. O que posso dizer é que os policiais estão motivados, trabalhando e estão esperançosos em capturar os fugitivos”, afirmou.
Segundo o titular da segurança pública no Rio Grande do Norte, o assunto é de relevância nacional. “Eu já estive três vezes na Força Tarefa, na sede da Polícia Federal. O que posso dizer em linhas gerais é que, desde o início do ocorrido, de imediato, o Rio Grande do Norte colocou todas as forças de segurança à disposição do Ministério de Justiça, da Secretaria Nacional de Políticas Penais e continua com efetivo nosso lá, da PM, PC, Corpo de Bombeiros, Itep, Polícia Penal estadual, apoiando todas as ações”, disse.
A fuga
Mais de 600 agentes de segurança atuam em conjunto à procura de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça fugiram na madrugada do dia 14 de fevereiro. O efetivo conta com policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional. A data ficou marcada como a primeira fuga da história do sistema prisional federal.
A Polícia Federal anunciou uma recompensa de até R$ 30 mil por informações que levem à captura dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró. Conforme divulgado em cartaz pelo próprio órgão federal, a recompensa é de R$ 15 mil para cada foragido.
Até agora, seis pessoas foram presas por suspeita de ligação com a fuga. Um deles foi o dono do sítio em Baraúna onde os fugitivos ficaram escondidos. O proprietário procurou as autoridades policiais e alegou ter sido coagido pelos fugitivos a auxiliá-los na fuga. Entretanto, a Polícia Federal identificou contradições em seu depoimento e solicitou a prisão, que foi autorizada pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Ele teria recebido R$ 5 mil para abrigar os presos. Desde o início das buscas pelos detentos, seis pessoas já foram presas