Foi sepultado nesta sexta-feira 22 o corpo de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de Medicina morto à queima roupa por um policial militar em São Paulo na madrugada de quarta-feira 20.
O enterro, realizado em um cemitério no Morumbi, na Zona Sul da capital paulista, foi marcado não só por comoção entre familiares e amigos, mas também por revolta pelas circunstâncias da tragédia.
“Nunca imaginei que viria ao Brasil para isso, para enterrar meu sobrinho. Sempre vi o Brasil como um País desenvolvido, mas esse caso é o reflexo de uma polícia despreparada”, desabafou um tio de Marco Aurélio ao discursar no velório.
De origem peruana, os pais de Marco Aurélio moram no País há quase 30 anos, onde ambos trabalham como médicos intensivistas. Muitos familiares vieram de longe para acompanhar o sepultamento.
A MORTE. Novas imagens de uma câmera de segurança divulgadas ontem mostram o momento em que Marco Aurélio Acosta caminha a pé pela Vila Mariana, na zona sul da capital, encontra um carro da Polícia Militar parado em um semáforo e dá um tapa no retrovisor.
As imagens mostram que ele acabou sendo perseguido e morto com um tiro disparado à queima-roupa.
O advogado Roberto Guastelli, que representa a família Cardenas, afirmou que imagens de câmeras de segurança contradizem a hipótese de que o estudante teria tentado tirar a arma dos agentes.