“Um acordo que leva Natal para frente, com trânsito nos ministérios, com alinhamento com a bancada federal e acesso aos senadores. Política se faz com somatórios de forças”, afirmou o vereador Hermes Câmara (PSDB), ao rebater as falas do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD) contra as alianças eleitorais firmadas pelo deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) para as eleições municipais. Ao AGORA RN, o líder do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) na Câmara Municipal disse que Paulinho tem uma “grande missão” à frente da Prefeitura.
“Buscar uma Natal melhor. Essa é grande missão de Paulinho Freire, e ele tem trabalhado para isso, somando forças com outras lideranças políticas do RN. Paulinho é o pré-candidato que tem a maior base de vereadores da Capital, que está visitando, andando e ouvindo a população. Paulinho é um político que conhece os problemas da nossa cidade, possui um bom trânsito em Brasília. É o nome para Natal”, afirmou Hermes.
A vereadora Nina Souza (União Brasil) também destacou o “bom relacionamento” de Paulinho em Brasília para rebater as falas do ex-prefeito. “Todo deputado federal e senador tem algo muito importante para seu estado: emendas impositivas. Recursos que eles alocam nos projetos e cidades. Na hora que você tem um pré-candidato, que tem a confiança das pessoas, é muito importante”, disse.
Segundo ela, Carlos Eduardo estava, há pouco tempo, “implorando” o apoio de Álvaro Dias para as eleições. “Todo mundo sabe. Agora que não teve, parte para o ataque. Teve 14 anos para fazer e deixou o sistema de transporte falido, a Zona Norte dentro da lama. Como vai fazer agora, sem a ajuda de ninguém? É mais fácil negar o apoio, dizer que as pessoas não prestam, que é acordão, do que admitir que não tem credibilidade”, disparou.
Para o vereador Anderson Lopes (PSDB), Carlos Eduardo está sendo “ingrato” ao atacar o PT, partido que o acolheu e o apoiou para o Senado nas eleições gerais de 2022 e com ciúmes de Paulinho, já que não possui confiança das legendas partidárias, ao contrário do deputado. E, por “não ser confiável”, o ex-prefeito não consegue unir partidos para construir seu projeto político.
“Não existe ‘acordão’, existe uma aliança para o bem de Natal, sabemos que ninguém governa sozinho e o próprio Carlos Eduardo sabe disso. Hoje, ele não tem toda essa credibilidade para unir partido em torno da sua pré-candidatura. Por isso, utiliza da palavra ‘acordão’. Ele não usou ‘acordão’ quando os mesmos partidos estiveram ao seu lado, na última eleição para prefeito”, afirmou Anderson, ao AGORA RN.
Para Preto Aquino (Podemos), Carlos Eduardo foi “infeliz” ao escolher as palavras para falar contra o antigo partido aliado e contra as alianças feitas por Paulinho Freire para sua pré-candidatura. “A política é feita de alianças, de parcerias, de ajustes, de diálogos, de conversas. Eu acho que ele foi infeliz, talvez no calor do momento, em suas falas impensadas. Porque todo apoio, quando nós chamamos de uma eleição, é bem-vinda”.
O parlamentar disse ainda que, “independente de acordos ou não, a gente tem que entender que realmente quem decide é o eleitor, essa é a verdade. Em um eventual segundo turno, ele vai recusar os apoios, os acordos? Não vai. E dividir espaços, e secretarias, para aliados, é uma prática natural de qualquer que governo, seja ele estadual, federal, municipal, até de bairro”.
Críticas ao PT e a Paulinho Freire
As declarações polêmicas de Carlos Eduardo foram no sábado 25, quando ele, em tom de comício, subiu a voz contra seus principais adversários e disse que o PT, seu aliado em 2022, busca a hegemonia nas três esferas de poder.
“O PT quer a Presidência da República, o Governo do Estado, a Prefeitura de Natal. Só o seguinte: Natal não é PT, é da liberdade”, falou.
Sobre Paulinho, o ex-prefeito criticou os acordos deste com os partidos do PL, PP, Podemos, PSDB e Republicanos. “O acordão foi lá em Brasília, distante dos bairros de Natal, eles lotearam a Prefeitura. Mas cometeram um erro grave, deixaram o palco do lado de fora. Vamos derrotar o PT e o acordão do União Brasil”, disse.
