A Operação Potiguar, coordenada pela Força Aérea Brasileira (FAB), iniciou na segunda-feira 18 no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim. Dividida em duas fases, a operação marca a retomada das atividades de lançamentos de foguetes suborbitais no Rio Grande do Norte.
Na primeira fase, será lançado o foguete de sondagem VS30 V15, de quase oito metros de comprimento e equipado com cerca de uma tonelada de combustível sólido. O objetivo inicial é treinar técnicos e verificar a funcionalidade dos equipamentos e processos. Esta etapa não contará com experimentos embarcados.
A segunda fase, prevista para o segundo semestre de 2025, utilizará o mesmo modelo de foguete, desta vez com foco na qualificação do sistema de recuperação da plataforma suborbital de microgravidade (PSM). Essa parte do veículo é destinada a experimentos científicos e abriga sistemas eletrônicos que interagem com a carga útil.
Com o término da operação, o Brasil busca maior autonomia no lançamento de veículos suborbitais, desde o envio de experimentos até a coleta de dados e recuperação da carga útil enviada ao espaço.
Sobre o CLBI e o foguete VS30 V15
O CLBI foi criado em 1965 e realizou mais de três mil lançamentos desde então. Nos últimos anos, concentrou-se no rastreamento de foguetes e satélites. A Operação Potiguar representa um marco na reativação de sua capacidade de lançamentos suborbitais.
Já o VS30 V15, projetado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é um foguete de sondagem com capacidade de atingir uma altitude máxima de 154,9 quilômetros. Ele opera com combustível sólido e realiza voos de até 6 minutos e 20 segundos.
