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Radicalização

Eduardo Bolsonaro pede que Trump puna Moraes com sanções da Lei Magnitsky

Deputado licenciado publicou vídeo em que acusa Moraes de liderar regime de exceção e promete “ir até as últimas consequências” contra o STF
Redação
13/07/2025 | 18:09

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu, neste domingo 13, que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump aplique sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da Lei Magnitsky — legislação norte-americana que permite punições econômicas a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo afirma que está sendo perseguido por autoridades brasileiras e que atua nos Estados Unidos para denunciar supostos abusos praticados pelo governo do presidente Lula (PT) e pelo STF. Sem apresentar provas, o parlamentar licenciado acusa Moraes de liderar um “regime de exceção” no país.

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Eduardo Bolsonaro em vídeo publicado neste domingo (13), em que convoca reação internacional contra o ministro Alexandre de Moraes. | Foto: Reprodução

No discurso, Eduardo diz que renunciou à vida pública no Brasil para lutar contra o que chama de “tirania”. Ele insinua que há perseguição política a opositores do governo e menciona supostos “calabouços de tortura política”. Em tom de enfrentamento, o deputado afirma estar disposto a “ir até as últimas consequências” e exige a soltura dos chamados “presos políticos”, além da renúncia de Moraes.

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“Só há um acordo possível: a soltura de todos os presos políticos, o fim de toda perseguição e a saída do mais desprezível tirano que já passou por nossa república”, declarou.

Eduardo também compartilhou uma imagem do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) durante a posse do novo presidente do Irã, ao lado de representantes do Hamas e do Hezbollah, para insinuar que o governo Lula teria relação com grupos extremistas do Oriente Médio.

Trechos do discurso convocam à violência

No vídeo, o parlamentar cita frases de Shakespeare, Chesterton e Thomas Jefferson, este último com o trecho mais polêmico: “A árvore da liberdade deve ser regada de quando em quando com o sangue dos patriotas e dos tiranos”, disse, repetindo o ex-presidente norte-americano em uma alusão direta a uma possível escalada de enfrentamento.

Ele encerra a gravação com uma convocação a seus apoiadores: “Se não salvarmos o Brasil, ao menos o vingaremos! Que Deus nos proteja”.

Desde que Trump anunciou a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, Eduardo Bolsonaro e outros membros da oposição têm vinculado o episódio ao julgamento de seu pai pelo STF. Eles acusam a corte de perseguição política. Na publicação deste domingo, o deputado insiste em sua tese de que o Brasil deixou de ser uma democracia e apela para que o governo norte-americano intervenha com sanções.

A declaração de Eduardo ocorre em meio à análise das alegações finais da Procuradoria-Geral da República no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022, do qual ele não é réu, mas seu pai, Jair Bolsonaro, é o principal acusado.

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