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Covid-19
OMS diz que EUA caminham para ser epicentro da pandemia de coronavírus
Maior foco de disseminação da covid-19 é o Estado de Nova York, que concentra metade dos casos
Agência Estado
25/03/2020 | 07:35

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou ontem que os EUA devem se tornar o epicentro da pandemia de coronavírus no mundo. O país registrou mais de 9 mil novos casos e chegou a 53 mil pessoas contaminadas, com um total de 700 mortes confirmadas. O maior foco de disseminação da covid-19 é o Estado de Nova York, que concentra metade dos casos.

A porta-voz da OMS, Margareth Harris, afirmou que 85% das novas notificações são reportadas entre americanos e europeus – 40% apenas nos EUA. O aumento se deve em parte a mais testes realizados, especialmente em Nova York. O número de exames nos EUA subiu de 58 mil, na quinta-feira, 19, para quase 240 mil, na segunda-feira, 23.

Mesmo assim, os Estados Unidos têm testado pessoas em marcha lenta, quando comparado com outros países desenvolvidos – o que indica que o crescimento de casos no país pode estar ocorrendo ainda mais rápido do que as estatísticas oficiais demonstram.

O primeiro caso de coronavírus nos EUA foi confirmado em 20 de janeiro e levou quase dois meses para o país chegar a 100 mortes Mas, apenas no dia 16, a Casa Branca mudou o tom e passou a recomendar as medidas de restrição de circulação de pessoas. Atualmente, as recomendações para que americanos não saiam de casa afetam um em cada três habitantes.

Os Estados americanos já haviam adotando medidas restritivas de maneira unilateral. Em Nova York, os restaurantes e o comércio foram fechados no fim de semana, bem antes de o presidente Donald Trump adotar uma abordagem mais rigorosa. Na cidade de Nova York, a de maior densidade demográfica do país, a entrada nos elevadores dos arranha-céus é permitida a apenas três pessoas por vez, mesmo em edifícios de 25 andares. Há limite também para a entrada de consumidores em supermercados.

A previsão é que o pico da infecção no Estado de Nova York ocorra em duas ou três semanas, antes do inicialmente previsto. O governador do Estado, Andrew Cuomo, reclamou ontem que o governo federal enviou apenas 400 respiradores, quando autoridades locais pediram 30 mil. Cuomo estimou em 140 mil o número de leitos necessários para abrigar os pacientes com vírus – hoje, há apenas 53 mil.

Há alguns dias, porém, Trump vem sugerindo que pode relaxar as medidas de isolamento antes do recomendado por médicos e especialistas. “Muitas pessoas concordam comigo. Nosso país não foi projetado para ficar isolado”, disse o presidente à Fox News

Desde domingo, Trump tem dado sinais de que pressionará internamente por uma reavaliação do distanciamento social. O primeiro sinal veio quando ele publicou no Twitter, no fim de semana, que o “remédio não pode ser mais grave do que a doença”. Segundo o presidente, uma “grande recessão” pode deixar mais vítimas do que o coronavírus.

“Podemos perder um certo número de pessoas em razão da gripe. Mas corremos o risco de perder mais pessoas se mergulharmos o país em uma grande recessão ou depressão”, disse Trump, sugerindo a possibilidade de “milhares de suicídios”.

Até agora, as medidas de isolamento são apontadas como a única forma de impedir a transmissão rápida da doença, mas afetam a economia – e as chances de reeleição dele. Há ceticismo entre especialistas, no entanto, com relação à viabilidade de relaxar as restrições no curto prazo.

Em entrevista na Casa Branca, Trump afirmou que, “se fosse pelos médicos, o mundo inteiro seria isolado”. À Fox, o presidente americano afirmou que gostaria de ver os EUA operando normalmente até a Páscoa, no dia 12. Quando havia adotado um tom mais restritivo, na semana passada, ele disse que a luta contra o coronavírus poderia durar até julho ou agosto.

Trump tem sido duramente criticado por ensaiar a retomada das atividades econômicas antes do recomendado. Na terça-feira, o bilionário fundador da Microsoft, Bill Gates, disse que é muito irresponsável alguém sugerir que é possível ter “o melhor dos dois mundos”. “Não há meio termo. É difícil dizer às pessoas para continuarem a frequentar restaurantes e ignorarem a pilha de corpos na esquina. Dizer que queremos que o cidadão continue gastando, porque há um político que pensa que o PIB é tudo o que vale”, disse Gates.

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