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Coluna Opinião

Paulinho Freire diz que União Brasil estará no palanque de Rogério, Styvenson e Álvaro Dias

Leia a coluna de Opinião deste sábado 25
Redação
25/01/2025 | 05:12

O discurso do prefeito de Natal, Paulinho Freire, em nome do União Brasil, chamou a atenção em Búzios no almoço da oposição, nesta semana. Em nenhum momento ele citou o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, nome lembrado para concorrer a governador. Paulinho disse, com todas as letras, que o partido dele estará no palanque de Rogério Marinho, que se apresenta como candidato a governador, tem mais quatro anos no Senado e é figura descartada para concorrer à reeleição.

“Álvaro Dias, Rogério Marinho e Styvenson Valetim que não está aqui… Eu devo a vocês e contem comigo que não vou decepcionar nenhum dos três”, discursou Paulinho, que, mesmo sendo do mesmo partido de Allyson Bezerra, não lembrou sequer de citá-lo.

Não é de hoje que a Coluna Opinião vem informando que Paulinho fechou questão em apoiar Rogério para o Governo e Styvenson para o Senado. A entrada agora de Álvaro Dias leva o prefeito de Natal a também preferir seu antecessor como candidato ao Senado. Para deputado federal, Paulinho vai lançar a esposa, Nina Souza (União Brasil), hoje secretária de Assistência Social da capital. Já para deputado estadual, o nome do presidente da Câmara Municipal, Ériko Jácome (PP), é o da simpatia do prefeito.

RECADOS

Paulinho apertando a mão do ex-prefeito Álvaro Dias, em evento promovido pelo senador Rogério Marinho / Foto: Reprodução
Paulinho apertando a mão do ex-prefeito Álvaro Dias, em evento promovido pelo senador Rogério Marinho / Foto: Reprodução

O discurso de Paulinho Freire é um recado às declarações do ex-senador José Agripino Maia, que é o defensor número um da candidatura própria de Allyson Bezerra ao Governo. Nos bastidores, o senador Rogério Marinho (PL) articula para que o prefeito de Natal assuma o comando estadual do União Brasil. Agripino não tem mandato e já disse que não será candidato a nada em 2026.

CHAPA

Outro ponto que a Coluna Opinião adiantou aqui foi a chapa que será construída. Desde a conversa de Rogério Marinho com Álvaro Dias, no Litoral Sul, ficou acertada a filiação de Álvaro Dias no PL, com garantias do teto no fundo partidário e apoio para uma candidatura majoritária. Neste caso, Álvaro Dias vem sendo desenhado como o segundo nome para senador numa chapa com Styvenson Valentim, hoje o preferido dos prefeitos como candidato à reeleição. O governador seria Rogério Marinho, já que o PL continuaria com a cadeira de senador, no caso, o empresário Flávio Azevedo, primeiro suplente.

HISTÓRICO

Desde 1990, quando José Agripino venceu Lavoisier Maia para o Governo, senadores de mandato viram governadores no RN. Foi assim em 1994, com Garibaldi Filho, em 2010, com Rosalba Ciarlini, e 2018, com Fátima Bezerra. Em quatro ocasiões, porém, isso não deu certo. Em 1998, José Agripino perdeu para Garibaldi, que era candidato à reeleição. Em 2002, Fernando Bezerra perdeu para Fernando Freire e Wilma de Faria. Em 2006, o então senador Garibaldi perdeu a campanha para Wilma de Faria, que foi a segunda a ser reeleita governadora no RN. Em 2022, Styvenson Valentim perdeu para a governadora Fátima Bezerra, amargando, assim como Fernando Bezerra, um terceiro lugar.

RESISTÊNCIA

Em Mossoró, o prefeito Allyson Bezerra vibrou com as declarações do ex-senador José Agripino ao AGORA RN. Também recebeu ligações do deputado federal Benes Leocádio, que foi ao almoço do PL, mas prefere o prefeito de Mossoró como governador. Os prefeitos Jaime Calado (São Gonçalo do Amarante) e Professora Nilda (Parnamirim) são outros parceiros de Allyson em uma futura candidatura.

2002

Em abril daquele ano, a então prefeita Wilma de Faria renunciava a dois anos e nove meses de Palácio Felipe Camarão para ganhar o interior. Só tinha o apoio de três prefeitos: Carlos Eduardo (Natal), Agnelo Alves (Parnamirim) e Arlindo Dantas (São José do Mipibu). Começou em terceiro lugar nas pesquisas para o Governo. Primeiro ultrapassou Fernando Freire, que tinha assumido como governador, e depois viu o então senador Fernando Bezerra despencar e sequer ir ao 2º Turno. Wilma venceu o 1º Turno com 37,59%. No segundo, chegou a 61,05%, quando recebeu o apoio dos senadores José Agripino e Fernando Bezerra, que teve 19,93% no 1º turno.

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