Demitido pelo presidente Lula do comando da Petrobras no dia 14 deste mês, o ex-senador Jean Paul Prates (PT) terá direito a receber mais seis meses de salário extra da estatal. O pagamento se refere à quarentena obrigatória que o ex-presidentes da Petrobras tem de cumprir antes de assumir novos cargos na iniciativa privada ou prestar consultoria para empresas do setor. A quarentena é definida pela Lei nº 12.813/2013, que trata dos conflitos de interesse dos nomeados para cargos pelo Poder Executivo, na qual o presidente da Petrobras se enquadra.
Em entrevista à Rádio 95 FM em Mossoró ontem, a governadora Fátima Bezerra (PT) admitiu que convidou Jean Paul Prates para fazer parte de sua gestão. “Mas eu não vou dar spoiler para onde ele vai”, disse a petista, que admitiu também que ficou triste com a exoneração dele.
No Centro Administrativo, existe uma pasta hoje ocupada por um nome interino: a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedec).
Mas, a definição só deve acontecer após as eleições.
DIA D
O decano da Assembleia Legislativa, deputado José Dias (PSDB), revelou a data em que os 24 parlamentares vão escolher o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), devido à aposentadoria de Tarcísio Costa. O pleito será dia 26 de junho, dias antes do recesso parlamentar do meio do ano. José Dias é eleitor declarado do deputado Gustavo Carvalho (PSDB), mas sabe que o deputado George Soares (PL) tem apoio do Governo Fátima.
LISTA TRÍPLICE
Enquanto o ofício do TCE ainda é aguardado pelo Poder Legislativo, na Governadoria todo mundo já sabe quem será o escolhido pela governadora Fátima Bezerra (PT) para a outra vaga que pertencia a Adélia Sales. Fátima tende a acompanhar o 1º lugar da lista tríplice encaminhada pela Corte de Contas. Neste caso, o conselheiro substituto Antônio Ed de Souza Santana será o escolhido. Ele tem a simpatia do presidente do TCE, conselheiro Gilberto Jales. A lista tríplice foi composta com base no critério de merecimento.
RESPOSTA
A deputada federal e pré-candidata Natália Bonavides (PT) rebateu ontem as críticas do seu adversário em Natal Carlos Eduardo Alves (PSD). “Achei bem curioso. Só indica duas coisas: que temos um reconhecimento de que nossa candidatura vai para a disputa e que, como temos um projeto coletivo, a gente segue uma linha com mais diálogo e não temos isso de ter um ano com Bolsonaro e outro com Lula”, comentou no Jornal 96 FM.
UNIDADE POPULAR
Ontem aconteceu no Espaço Ruy Pereira (Bar e Restaurante Zé Reeira), na Cidade Alta, o lançamento de pré-candidaturas a vereador ligadas à petista Natália Bonavides, pré-candidata a prefeita, da sigla Unidade Popular pelo Socialismo (UP) no Rio Grande do Norte. A UP defende causas populares e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Unidade Popular era o nome da coligação que elegeu e reelegeu o então governador Garibaldi Filho nas eleições 1994 e 1998. Também foi o mesmo nome da coligação que apoiou o então candidato a reeleição para o Governo Fernando Freire, em 2002.
ESPELHO
Estranhas as críticas do senador Styvenson Valentim (Podemos) à forma de fazer política do ex-prefeito Carlos Eduardo (PSD). “Ali é algo meio desesperador, ele estar sozinho, um político como ele, pesado, um político que não sabe fazer as coisas, uma campanha sozinha que já vem de anos aí com esse com esse nome dos Alves nas costas, é complicado ser um político do naipe dele, que nem a família Alves está aceitando mais. Estranho isso, né? Não é esquisito? É esquisito. O cara lidera tudo, aí vai dizer, ‘não, é só o povo que vê”, disse o senador ao jornal Diário do RN.
SOZINHO
Eleito na onda bolsonarista de 2018, Styvenson Valentin foi eleito pela Rede. Assim que tomou posse, assinou a ficha do Podemos. Fez campanha sem fazer comício e sem querer tirar fotos com políticos. Em 2022, foi candidato a governador e amargou um terceiro lugar, com apenas 16,80% dos votos. Depois, Styvenson se revestiu de uma nova versão e hoje é mais político do que nunca, pronto para angariar apoios de prefeitos e disposto a se equiparar a seus concorrentes, usando ferramentas legais que antes ele condenava e se recusava a utilizar, como o fundo partidário e o fundo eleitoral.