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Rebelião deixa mais quatro mortos em Manaus, diz governo do AM

Secretário desconhece as motivações da nova rebelião, e confirmou que três pessoas foram decapitadas e outra morreu por asfixia numa das celas incendiadas
Por Kleiton Renzo e Fabio Serapião - O Estado de S. Paulo
08/01/2017 | 14:40

MANAUS – Quatro detentos foram mortos na madrugada deste domingo, 8, na cadeia pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. O secretário de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap), Pedro Florêncio, disse que desconhece as motivações da nova rebelião, e confirmou que três pessoas foram decapitadas e outra morreu por asfixia numa das celas incendiadas. O local abriga os presos que foram transferidos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, por não fazerem parte da facção Família do Norte. As equipes do Instituto Médico Legal e da Polícia Militar estão no local.

Com as novas vítimas, o número de presos mortos no Amazonas por conta dos desdobramentos da guerra entre as facções FDN e Primeiro Comando da Capital (PCC) sobe para 64. Em Boa Vista (RR), na semana passada, houve mais 33 mortos.

Agora RN

A Cadeia Pública de Manaus estava desativada desde outubro do ano passado por conta das péssimas condições de conservação, mas teve de ser reativada para abrigar os presos que corriam risco de morte no Compaj.

Em nota, o governo do Amazonas disse que a situação neste momento é considerada estável e com policiamento reforçado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. A rebelião ocorreu por volta das 2h30 (horário local) da manhã e foi controlada duas horas depois pelo Batalhão de Choque, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Na última sexta, um princípio de motim já havia sido contornado na Vidal Pessoal. Os detentos queriam melhores condições de alojamento e a visita dos parentes.

O secretário Pedro Florêncio confirmou as mortes ao Estado e afirmou não se tratar de briga de facção pelo fato de não haver no local presos de grupo diferentes. “Não houve briga de facção porque todo mundo era do mesmo grupo, todos eram presos que eram ameaçados, que não tinham convivência, que estavam em áreas de seguro, de isolamento, nos outros presídios”, explicou.

“Quando houve aquela rebelião, com as ameaças de matar eles também, nós os trouxemos para cá. Chegou aqui, eles se matam entre si mesmo”, disse o secretário. “Quando eles entraram (Batalhão de Choque), já haviam acontecido as mortes. Não houve reféns. Os motivos pelos quais eles mataram os próprios companheiros fogem da minha compreensão”.

OAB. Em entrevista coletiva após visita à Cadeia Pública de Manaus, o diretor de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (AOB-AM), Epitácio Almeida, afirmou que, além dos quatro mortos no presídio, há mais um detento que faleceu a caminho do hospital nesta madrugada. Ainda de acordo com Almeida, cinco outros presos não foram localizados na contagem realizada pela Secretaria de Administração Penitenciária pela manhã, por isso são considerados foragidos.

Transferência. A Vidal Pessoa tem 109 anos e estava desativada desde outubro do ano passado por falta de estrutura para abrigar presos. A recomendação foi do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mesmo assim, passou a receber detentos na segunda-feira, 2, após a rebelião no Compaj e na UPP. A transferência dos detentos para a Vidal Pessoal foi feita para isolar membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) dos membros da Família do Norte (FDN), e tentar evitar mais confrontos nos presídios da capital.

Facções. A FDN é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do Brasil – atrás apenas do PCC e do CV. A organização criminosa surgiu por volta do ano de 2006 após a união de dois grandes traficantes amazonenses que cumpriam suas penas em presídios federais.  Gelson Lima Carnaúba, o G, e José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba, saíram do sistema prisional federal com destino ao Amazonas “determinados ou orientados”, segundo a PF, a estruturarem uma facção criminosa nos moldes do PCC e CV.

Chacinas. As mortes em Manaus começaram na madrugada de primeiro de janeiro, quando 56 detentos foram assassinados no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). No dia 2 de janeiro, mais quatro mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). Estão na Vidal Pessoal 280 presos transferidos após o massacre no Compaj e na UPP.

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