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Declaração

Bolsonaro pede para diplomatas levarem ‘a verdade’ sobre o Brasil ao mundo

Presidente participou de cerimônia de formatura no Instituto Rio Branco; antes dele, ministro Ernesto Araújo fez discurso duro contra a esquerda
R7
22/10/2020 | 14:24

Em cerimônia de formatura de novos diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro pediu para os novos profissionais levarem a “verdade sobre o país ao mundo”.

“Não podemos nos deixar vencer pelas narrativas, o mundo sempre esteve em guerra, mesmo que seja pelas comunicações”, disse o presidente. “A verdade me trouxe até aqui”, completou.

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Presidente Bolsonaro - Foto: Marcos Corrrea/PR

“Precisamos que os senhores mostrem ao mundo que o Brasil está fazendo o que é certo..Estamos reformando nossa economia, cortando gastos, fazendo reformas. Também estamos combatendo a corrupção pelo exemplo, o nosso governo não tem nesses quase dois anos que se completam um só ato de corrupção”, declarou.

Segundo Bolsonaro, seu governo preservou também a liberdade de imprensa. “Em nenhum momento ouviram desse presidente algo parecido como controle social da mídia”, comentou, em referência a uma das propostas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Apesar de tudo, nós suportamos o que vocês escrevem, sem qualquer retaliação da nossa parte”, disse Bolsonaro.

O presidente também afirmou que seu governo vai levar diplomatas de outros países à região da floresta amazônica para que vejam que não há qualquer indício de queimada.

“Não é fácil falar e levar a vedade, mas confiamos em vocês. Nós temos que lutar pelo que é nosso.”

O Instituto Rio Branco, que completa 75 anos em 2020, é responsável por formar os diplomatas brasileiros.

A turma formada em 2020 recebeu o nome de João Cabral de Melo Neto, em homenagem ao poeta e diplomata pernambucano.

Além de Bolsonaro, do vice-presidente, Hamilton Mourão, e do titular da pasta das Relações exteriores, Ernesto Araújo, também estavam presente na cerimônia diversos ministros do governo federal. Entre eles, o da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Walter Braga Netto, do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno.

Ernesto Araújo, em seu pronunciamento, prestou as condolências aos mortos pela covid-19, “em especial ao senador Arolde de Oliveira”, parlamentar que faleceu quarta-feira (21) no Rio de Janeiro.

Em sua fala, Araújo afirmou que a diplomacia brasileira está em novo estágio. “O Itamaraty ficou muito tempo vivendo glórias passadas e esqueceu de jogar o campeonato deste ano.”

Segundo ele, o que as relações exteriores do Brasil precisavam era da “libertação” prometida por Bolsonaro quando foi eleito presidente da República.

Araújo afirmou que João Cabral de Melo Neto sabia ver os problemas do país, mas falhou no que considerava a solução das questões nacionais. “Desviou-se para o lado errado, para o lado do marxismo e da esquerda, sua utopia consistia em substituir esse Brasil sofrido, pobre e problemático, por um não Brasil, sem patriotismo, sujeito naquele época, anos 50 e 60, pelos desígnios de Moscou, e hoje sujeito aos desígnios sabe-se lá de quem”.

O ministro também criticou a criação da Teoria da Libertação, criada na igreja católica, e disse que a esquerda e a oligarquia se uniram para “roubar o povo”.

“O poder oligárquico está pela primeira vez ameaçado”, disse, ao citar o governo de Bolsonaro.

Ele também zombou das afirmações de que o Brasil é hoje um pária internacional, e citou acordos obtidos por sua gestão para provar o contrário. “Quando nos reunimos com nações amigas para defender a liberdade, dizem que estamos indo contra a Constituição”, afirmou, em referência à visita do secretário americano Mike Pompeo a Roraima, no final de setembro.

Araújo também declarou que a imprensa faz parte do “esquema” esquerdista e inventa notícias para aumentar o poder das oligarquias.

“A seleção pela mídia do que é ou não científico será que isso corresponde a algum interesse político por trás. Será? Mesmo quando há bilhões e trilhões de dólares envolvidos e o poder sobre países inteiros e sobre a estrutura do poder do mundo? Não pode ser, deve ser teoria da conspiração”, questionou de forma irônica.

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