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Pressão

Vereadores cobram ações da gestão Nilda em políticas para as mulheres

As críticas à gestão municipal também vieram acompanhadas de cobranças pela execução de políticas públicas
Redação
30/05/2025 | 05:24

A Câmara Municipal de Parnamirim realizou nesta quinta-feira 29 o projeto Tribuna Livre, em que pessoas da sociedade podem ter a palavra e discursar no plenário. Os vereadores receberam Valéria Felizardo, mãe de Márcia Anália, jovem de 23 anos assassinada pelo ex-companheiro em abril de 2024.

Na tribuna, Valéria cobrou ações efetivas do poder público e políticas de prevenção ao feminicídio e atenção permanente às vítimas. “Não permitam que Márcia morra pela segunda vez. Transformem o poder que vocês têm em mãos em proteção”, disse, aos prantos, diante dos vereadores e da plateia.

depoimento
Márcia Anália, filha de Valéria Felizardo (foto), foi assassinada pelo ex-companheiro. Foto: Divulgação

Além de vereadores, estavam presentes no plenário a secretária municipal das Mulheres e dos Direitos Humanos, Khatia Palhano, e a secretária da Mulher do município de Extremoz, Sheila Freitas.

O impacto do relato provocou reações fortes. A vereadora Rárika Bastos (Republicanos) revelou sua vivência pessoal como vítima de violência doméstica por quase uma década. “Durante todo o tempo, procurei ajuda. Mas a ajuda não veio. Não é sobre ofícios, é sobre resolutividade”, afirmou.

A vereadora Rafaela de Nilda (Solidariedade), procuradora da Mulher na Câmara, garantiu que até o fim do mês será implantado o serviço de acolhimento às vítimas dentro do próprio Legislativo.

Já Thiago Fernandes (PP) defendeu a criação de um Observatório Municipal de Violência para unificar dados hoje dispersos entre diferentes órgãos.

As críticas à gestão municipal também vieram acompanhadas de cobranças pela execução de políticas públicas com base em orçamento e estrutura. O presidente da Casa, vereador César Maia (MDB), defendeu a ampliação dos recursos destinados à Secretaria da Mulher na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026. “Política pública precisa de recurso. Que essa dor vivida por Valéria se transforme em ação concreta e permanente”, declarou.