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Política

União da oposição seria vantagem extra, mas não condição para vitória de Allyson

É o que apontam os novos números da pesquisa EXATUS, com intenção de votos para o Governo do Estado em 2026
Redação
24/09/2025 | 05:05

A mais recente pesquisa realizada pela Exatus mostra que Allyson Bezerra (União Brasil) aparece como favorito ao Governo do Rio Grande do Norte em 2026 e que a união da oposição, embora pudesse ampliar sua margem de vitória, não é condição obrigatória para que ele seja competitivo. O prefeito de Mossoró chega a 46% das intenções de voto em um dos cenários, muito à frente de nomes como Rogério Marinho (PL), que alcança até 27%, Álvaro Dias (Republicanos), com 12%, e Cadu Xavier (PT), que não ultrapassa 7%.

A leitura dos dados indica que Allyson tem potencial de crescimento, especialmente em regiões como o Agreste e a Grande Natal, onde ainda não construiu presença consolidada. Mesmo sem ter iniciado uma agenda organizada de visitas, sem articulação formal dentro da Assembleia Legislativa e sem atrair blocos partidários de forma estruturada, o prefeito já lidera com folga. O relatório da pesquisa sintetiza que “o cenário mostra que a ausência de alianças não impede a competitividade de Allyson, que já larga em posição de vantagem”.

Apresentação do Mossoró Cidace Junina 2023 Allyson Bezerra (411)
Prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União) tem vantagem sobre adversários na corrida para o Governo do RN em 2026 - Foto: José Aldenir/Agora RN

A tendência, caso não haja composição entre adversários, é que a eleição tenha três candidaturas de peso no primeiro turno, com o senador Rogério Marinho representando a direita bolsonarista, o secretário de Fazenda, Cadu Xavier, como nome governista e Allyson como gestor que tenta se projetar para além de Mossoró. Nesse desenho, um segundo turno torna-se provável, e a avaliação é que Allyson teria ampla possibilidade de êxito se conseguir reunir apoios dos candidatos que ficarem de fora.

“Em um eventual segundo turno, o nome que não estiver vinculado diretamente à polarização nacional tende a herdar votos de quem não passou, absorvendo o eleitorado contrário ao candidato alinhado com o embate Lula x Bolsonaro”, analisa o estudo.

O campo governista enfrenta grandes dificuldades. O desgaste da gestão de Fátima Bezerra, que tem apenas 23,3% de aprovação contra 66,6% de desaprovação, limita a capacidade de transferência de votos. Em todos os cenários, Cadu Xavier aparece com desempenho abaixo de dois dígitos.

O vice-governador Walter Alves (MDB), quando incluído, não passa de 4%. Já Rogério Marinho oscila na faixa dos 25% a 27%, insuficiente para encostar em Allyson, que mantém vantagem de pelo menos 12 pontos.

Entre os opositores ao governo estadual cresce a avaliação de que a união é desejável. O prefeito de Natal, Paulinho Freire, vem defendendo publicamente que a oposição não deveria se fragmentar em 2026 e que os grupos precisariam convergir, seja em torno de Rogério Marinho, seja em torno de Allyson Bezerra, ou ainda do ex-prefeito Álvaro Dias. A proposta é criar um palanque único para enfrentar a base governista, que tende a chegar fragilizada à disputa.

O contingente de brancos, nulos e indecisos, que varia de 20% a 30%, mostra que há espaço de disputa à medida que a campanha se aproximar. Mesmo assim, a leitura predominante é que o prefeito de Mossoró larga em posição confortável.

“A união da oposição ampliaria a margem de vitória, mas não é pré-requisito para que Allyson seja competitivo”, conclui a pesquisa, reforçando que, caso a eleição siga com múltiplas candidaturas no primeiro turno, o desenho favorece sua chegada ao segundo turno com grandes chances de vitória.

O levantamento da Exatus ouviu 2.029 eleitores distribuídos entre os dias 18 e 21 de setembro, proporcionalmente entre todas as regiões do Estado, considerando variáveis como sexo, idade, escolaridade e renda. A margem de erro é de 2,19 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

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