O senador Styvenson Valentim afirmou que saiu do Podemos e se filiou ao PSDB como uma tática para fortalecer sua atuação no Senado. A troca, oficializada em 1º de fevereiro, na volta do recesso legislativo, ocorre em um momento em que o Podemos está em processo de fusão com o PSDB, e Styvenson negou que a mudança esteja diretamente ligada a uma possível candidatura ao Governo do Rio Grande do Norte em 2026.
“O PSDB oferece mais estrutura para minha atuação no Senado. A mudança não significa um rompimento com o Podemos, mas sim uma adaptação ao novo cenário político”, afirmou Styvenson. Ele também ressaltou que a formação de uma nova bancada com o PSDB facilitará negociações e apoio a projetos de interesse do RN.

Sobre as especulações de que a mudança seria um movimento pré-campanha, o senador foi enfático. “Meu foco atual é concluir as obras que iniciamos. A política partidária é importante, mas não define minha agenda neste momento”. Styvenson destacou que sua prioridade é garantir recursos e avanços para o estado, especialmente em áreas como infraestrutura e segurança.
Além de explicar a mudança partidária, o senador criticou a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) e o secretário estadual da Fazenda, Cadu Xavier, apontado como possível candidato ao governo em 2026. “Cadu é o mentor do aumento do ICMS, que prejudicou diretamente a população. O governo não cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal e os recursos para investimentos são insuficientes”, disse.
Ele também questionou a eficácia das políticas públicas do governo, principalmente na área de segurança. “O RN tem potencial turístico, mas não há avanços concretos. A insegurança afasta investimentos e prejudica o desenvolvimento do estado”, afirmou Styvenson.
Styvenson destaca obras de saúde em Mossoró com R$ 61 milhões em emendas
Styvenson Valentim destacou a importância de duas grandes obras de saúde em Mossoró, financiadas com recursos de emendas parlamentares: a ampliação do Hospital Infantil Apamim (Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e Infância de Mossoró) e a construção do Hospital da Liga de Combate ao Câncer, sendo R$ 15 milhões para a Apamim e R$ 46 milhões para a Liga, com o objetivo de ampliar o atendimento em UTIs infantis e no tratamento do câncer, áreas com alta demanda na região.
“O APAMIM precisa de mais leitos de UTI para atender a demanda crescente. Já o Hospital da Liga está sobrecarregado e enfrenta dificuldades com aluguel e custos de energia. Essas obras vão mudar a realidade da saúde em Mossoró”, afirmou.
Styvenson explicou que as emendas parlamentares são recursos públicos provenientes de impostos pagos pela população. “Muitas pessoas não sabem, mas essas emendas são impositivas. O governo é obrigado a executá-las. É dinheiro do povo, voltando para o povo”, disse. E criticou a falta de transparência sobre a origem desses recursos e reforçou a necessidade de fiscalização.
O senador também convocou a população a acompanhar o progresso das obras. “É importante que todos vejam como esses recursos estão sendo aplicados. Só assim podemos garantir que o dinheiro público seja usado de forma correta. Quem faz obra, mostra. Quem não faz, inventa desculpas”, concluiu.