BUSCAR
BUSCAR
Política

Rogério: STF desperdiça chance de mostrar isenção ao rejeitar suspeição

Senador afirma que rejeição das arguições fragiliza confiança na Justiça e no Estado Democrático de Direito.
Redação
22/03/2025 | 05:30

O senador Rogério Marinho (PL) manifestou-se publicamente nesta sexta-feira 21, sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que rejeitou as arguições de impedimento contra os ministros Flávio Dino e Alexandre de Moraes. Em nota divulgada em suas redes sociais, o parlamentar classificou a decisão como uma “oportunidade perdida” para reforçar a imparcialidade e o devido processo legal no Judiciário.

“Recebemos com indignação a decisão do STF ao rejeitar as arguições de impedimento apresentadas pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e do General Braga Netto. O plenário do STF fragilizou a confiança da sociedade na Justiça e desperdiçou a chance de demonstrar isenção”, afirmou.

Pg. 3 Rogério Marinho ministro (51)
"O STF perdeu a chance de demonstrar isenção e compromisso com as garantias fundamentais", diz Rogério Marinho. Foto: Reprodução.

Ele ressaltou que o afastamento dos ministros seria a decisão mais adequada ao interesse institucional do STF e ao fortalecimento da credibilidade do Judiciário. Ele citou a máxima atribuída ao ditador romano Júlio César — “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta” — para defender que a aparência de imparcialidade é tão importante quanto a própria imparcialidade.

“Ainda que a maioria dos ministros tenha votado pela manutenção dos magistrados no caso, é necessário reconhecer a posição firme e coerente do ministro André Mendonça, que apontou o impedimento de Alexandre de Moraes e Flávio Dino”, frisou o senador.

Rogério também mencionou que o ministro André Mendonça votou pelo impedimento de Moraes por sua condição de suposta vítima na ação e de Dino, que possui ação penal em curso contra Bolsonaro. Para ele, a decisão do STF impacta negativamente a confiança da sociedade no Poder Judiciário.

“O Brasil precisa restaurar a confiança na imparcialidade do Judiciário para garantir o pleno funcionamento de sua democracia. A decisão de hoje foi um retrocesso nesse sentido”, concluiu.

NOTÍCIAS RELACIONADAS