O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) confirmou que vai garantir os depósitos do Banco Master após o Banco Central decidir pela liquidação extrajudicial da instituição. Segundo o Fundo, essa será a maior operação já realizada, com base estimada de 1,6 milhão de credores e depósitos e investimentos elegíveis que somam aproximadamente R$ 41 bilhões.
Até então, o maior resgate havia sido o do Bamerindus, que quebrou em 1997. Na ocasião, o FGC pagou cerca de R$ 3,744 bilhões em garantia — valor que corresponde a R$ 19,7 bilhões corrigidos pela inflação.
Na relação dos maiores resgates já executados pelo Fundo, o Banco Master aparece com R$ 41 bilhões, seguido por Bamerindus (R$ 19,7 bilhões), Cruzeiro do Sul (R$ 4,04 bilhões) e BRK (R$ 1,96 bilhão).
O FGC garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, com limite de R$ 1,6 milhão por período de quatro anos, no caso de quebras múltiplas. Entre os instrumentos cobertos estão conta-corrente, poupança, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
O processo de pagamento segue etapas. O liquidante ou interventor do Banco Master envia ao Fundo a relação das pessoas beneficiárias com os valores devidos. A consolidação dessa lista leva, em média, cerca de 30 dias. O aplicativo do FGC já está disponível para cadastro básico dos credores.
Após receber a base de dados, o FGC informa que o sistema está liberado para solicitações. Pessoas físicas solicitam a garantia pelo aplicativo; pessoas jurídicas fazem o processo pelo site. Após o cadastro completo, pessoas físicas visualizam o valor a receber e assinam digitalmente o termo de solicitação. Para pessoas jurídicas, o termo é enviado por e-mail após análise documental.
