Israel libertou, nesta segunda-feira 20, 90 palestinos detidos, em sua maioria mulheres e crianças. A medida aconteceu algumas horas após o Hamas ter libertado três reféns israelenses, como parte de uma trégua em vigor desde domingo 19.
A Autoridade Prisional de Israel confirmou a liberação de 90 “terroristas” das prisões de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e de um centro de detenção em Jerusalém. As liberdades ocorreram pouco depois da meia-noite e foram acompanhadas por centenas de pessoas ao longo de uma estrada em Beitunia, com bandeiras palestinas e do Hamas sendo agitadas em apoio.
Entre os libertados, estava Bouchra al-Tawil, jornalista palestina presa em março de 2023, que comentou sobre o alívio de finalmente ser libertada: “A espera foi extremamente difícil. Mas, graças a Deus, tínhamos a certeza de que um dia seríamos libertados”, declarou à agência France Press.
Horas antes, três reféns israelenses, vítimas do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza. As três mulheres, Emily Damari 28, Doron Steinbrecher 31 e Romi Gonen 24, foram capturadas durante o ataque e já estavam em Israel, onde o Exército confirmou sua chegada.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comentou que as três mulheres “passaram por um inferno” durante os 471 dias de cativeiro. Após a chegada, elas foram transferidas para o hospital Sheba, onde estão em estado estável, embora uma delas tenha perdido dois dedos de uma mão.
O acordo de trégua, que entrou em vigor às 9h15 de domingo, visava permitir a libertação de mais de 30 reféns ao longo das semanas seguintes. No entanto, o Hamas já alertou que a continuidade da trégua dependeria de Israel “honrar seus compromissos”. O cessar-fogo também proporcionou algum alívio para os palestinos deslocados, permitindo que tentassem retornar para suas casas, embora muitos não tenham conseguido encontrar seus antigos lares devido à enorme destruição em Gaza.
O acordo de seis semanas, mediado por Catar, Estados Unidos e Egito, tem gerado esperanças para um cessar das hostilidades, com a liberação de 33 reféns israelenses e cerca de 1.900 palestinos. Contudo, Netanyahu enfatizou que Israel mantém “o direito de retomar a guerra, se necessário”.
Com informações da Agência Brasil*