O anúncio de hoje, quarta-feira 11, revelou que o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o líder do Partido da Unidade Nacional, Benny Gantz, estão colaborando para criar um governo de emergência e um gabinete de gestão de guerra.
Benny Gantz, um ex-Ministro da Defesa, unirá forças com Netanyahu e o atual Ministro da Defesa, Yoav Gallant, para formar um “gabinete de gestão de guerra”, conforme comunicado conjunto emitido pelos líderes. Conforme essa declaração, o governo focará exclusivamente nas questões relacionadas à condução da guerra, sem a aprovação de outras leis ou tomadas de decisão. Até o momento, não há sinalização de que o líder da oposição, Yair Lapid, e seu partido Yesh Atid, se unirão a essa coalizão de governo.
Situação de cerco total e falta de eletricidade em Gaza
Nesta quarta-feira 11, a única usina elétrica da Faixa de Gaza cessou sua operação devido à escassez de combustível, conforme informou o chefe da autoridade energética do território palestino, Galal Ismail, em um relato à CNN.
“Atualmente, Gaza enfrenta uma grave carência de eletricidade,” afirmou Ismail. Apesar dessa situação, os habitantes de Gaza têm a capacidade de utilizar geradores de energia para suprir suas necessidades elétricas, mas a dificuldade surge devido ao bloqueio que abrange todas as fronteiras, resultando na escassez de combustível necessário para manter esses geradores em funcionamento.
Na segunda-feira 9, o Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, decretou um “cerco total” sobre Gaza, declarando a suspensão do fornecimento de eletricidade, alimentos, água e combustível ao enclave palestino como uma resposta ao ataque do grupo Hamas.
Gaza é uma das regiões mais densamente povoadas do mundo, com cerca de 2 milhões de habitantes vivendo em uma área com pouco mais de 360 quilômetros quadrados. O território tem enfrentado um isolamento quase completo do restante do mundo por aproximadamente 17 anos, desde que o Hamas assumiu o controle. Essa situação resultou em um rigoroso bloqueio por parte de Israel e Egito. Adicionalmente, Israel mantém um bloqueio aéreo e naval em relação a Gaza.
Em uma nota preocupante, a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras (UNRWA) anunciou na segunda-feira que se viu forçada a fechar todos os seus 14 centros de distribuição de alimentos em Gaza, levando a que meio milhão de pessoas deixasse de receber ajuda alimentar essencial. Atualmente, mais da metade da população de Gaza vive na pobreza e enfrenta insegurança alimentar, com cerca de 80% dela dependendo de assistência humanitária para sobreviver.
Com informações da CNN
