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Tecnologia

IA consegue identificar sinais precoces de Alzheimer na fala

Pesquisa encontrou parâmetros de discurso característicos de pessoas que estão com Alzheimer em estado muito inicial com 78% de acerto
Redação
28/06/2024 | 19:21

Cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, desenvolveram um programa de inteligência artificial (IA) capaz de identificar sinais ocultos de Alzheimer na fala de pessoas com uma taxa de precisão de 78,5%.

Analisando a transcrição de gravações, o software é capaz de encontrar indicativos dos primeiros sinais de declínio cognitivo antes que eles se tornem sintomas mais evidentes.

Software é capaz de encontrar indicativos dos primeiros sinais de declínio cognitivo / Foto: Getty Images
Software é capaz de encontrar indicativos dos primeiros sinais de declínio cognitivo / Foto: Getty Images

Em vez de usar características acústicas da fala, como enunciação ou velocidade, o modelo se baseia apenas no conteúdo que a pessoa diz, avaliando as macroestruturas gramaticais que apontem desconexão de pensamento.

O algoritmo foi alimentado com gravações de áudio de uma hora de duração de 166 indivíduos com idades entre 63 e 97 anos e comprometimento cognitivo leve. Destes, 90 foram posteriormente detectados com Alzheimer.

Com os exames, os pesquisadores puderam comparar o desempenho da detecção da máquina, que já tinha sido treinada anteriormente com discursos de mil pessoas com e sem comprometimento.

Ao analisar o discurso e combinar as informações com dados socioculturais como idade, local de moradia e nível educacional, a IA foi capaz de distinguir entre o declínio cognitivo leve e o que poderia ser mais preocupante, se desdobrando em quadros de demência como o Alzheimer.

Para os investigadores, ainda que tenha acertado apenas três em cada quatro casos, o algoritmo se mostrou eficiente em diferenciar as pessoas com comprometimento cognitivo, as que permaneceriam estáveis e quais chegariam a desenvolver os quadros mais graves.

Os pesquisadores acreditam que a ferramenta poderá ser usada no futuro para ajudar a obter diagnósticos mais precoces. A pesquisa foi publicada na revista Alzheimer’s & Dementia nessa terça 25.

Com informações do portal Metrópoles

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