O Governo do Rio Grande do Norte avançou nas discussões para a implantação do Projeto Alto dos Ventos, um complexo industrial dedicado à produção de hidrogênio verde e seus derivados, com investimentos estimados em R$ 13 bilhões. O empreendimento, liderado pelo grupo Acciona-Nordex, será instalado nos municípios de Macau, Pendências e Guamaré e incluirá dois parques de energia renovável – um eólico e outro solar – dedicados ao complexo.
Nesta segunda-feira 10, a governadora Fátima Bezerra recebeu dirigentes da Acciona-Nordex em audiência para tratar do projeto. Durante o encontro, ela destacou a urgência da descarbonização do planeta e o papel fundamental das energias limpas.
“O Porto Indústria Verde a ser instalado no RN é um projeto para o Brasil, não apenas para o RN e para a região Nordeste”, afirmou. A governadora também enfatizou a necessidade de compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social. “O crescimento econômico deve vir com justiça e inclusão social”, disse.
O presidente da Acciona-Nordex, Pablo Pulpeiro, confirmou o interesse da empresa no projeto e no Porto Indústria Verde. “Estamos trabalhando com o Governo do Estado e acreditamos que, de mãos dadas, vamos consolidar o projeto”, afirmou. Fernanda Delgado, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV), reforçou o compromisso da entidade com o RN e destacou o potencial do Estado e do Brasil na vanguarda da produção sustentável.
Impactos e próximos passos
O Projeto Alto dos Ventos é considerado um marco histórico para o desenvolvimento sustentável do RN, consolidando o Estado como protagonista na produção de energia limpa no cenário nacional e internacional. Além de impulsionar a transição energética, o empreendimento deve gerar impactos positivos nas cidades envolvidas e nos municípios do entorno, com a formação de uma cadeia produtiva no setor de hidrogênio verde.
A governadora esteve acompanhada de secretários e diretores de órgãos estaduais, como o Idema, responsável pelo trâmite das licenças ambientais. A Acciona-Nordex contou com a presença de diretores e representantes da Moeve (antiga Cepsa), empresa associada ao projeto.
