A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, anunciou neste domingo 8, que Edmundo González assumirá o cargo de presidente constitucional e comandante-em-chefe das Forças Armadas Nacionais no dia 10 de janeiro de 2025. González se encontra na Espanha, onde pediu asilo para preservar sua liberdade e integridade.
Adversário do presidente Nicolás Maduro, González enfrentava um mandado de prisão solicitado pelo Ministério Público e aceito pela Justiça venezuelana por supostos crimes eleitorais. A eleição é contestada por autoridades e organizações internacionais, que exigem transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por autoridades chavistas.
Machado afirmou que, após a “vitória histórica” em 28 de julho de 2024, o regime desencadeou uma repressão brutal contra os cidadãos, caracterizando-a como terrorismo de Estado. Ela disse que a vida de González estava em perigo devido a ameaças e mandados de detenção e que o governo não hesitaria em silenciá-lo.
Machado também declarou que González lutará do exterior, enquanto ela continuará sua atuação dentro do país. Em agosto, a oposição autoproclamou González como o novo presidente da Venezuela.
Histórico na Venezuela
Essa não é a primeira vez que um opositor se autodeclara presidente da Venezuela. Em 2019, Juan Guaidó se proclamou presidente interino, sendo reconhecido por várias nações, incluindo os Estados Unidos e o Brasil. Maduro governa o país desde 2013, após a morte de Hugo Chávez.
González, um ex-diplomata de 74 anos, foi escolhido pela coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) para representar a eleição de 2024, após a exclusão dos candidatos María Corina Machado e Corina Yoris.