O deputado estadual George Soares (PV) saiu em defesa da governadora Fátima Bezerra (PT) após políticos oposicionistas criticarem a petista e atribuírem a ela a responsabilidade pela crise na segurança pública que o Rio Grande do Norte vivencia há mais de uma semana, com ataques criminosos registrados contra prédios públicos e estabelecimentos comerciais. O parlamentar conclamou a união da classe política na busca por soluções que venham restaurar a paz em território potiguar.

George lembra que era deputado oposicionista quando ocorreu uma crise na segurança pública durante o governo Robinson Faria (PL), que hoje é deputado federal. Ele recordou que na época, em 2017, o governo estadual se declarava de direita e aliado do Governo Federal.

“E ele [Robinson] também sabia? E ele também foi o culpado? Esta casa se mobilizou para fazer o impeachment do governador Robinson pela crise que aconteceu na segurança pública? Não. E eu era deputado de oposição e não assinei impeachment aqui por conta disso. Isso é inaceitável”, comentou George.

O parlamentar ainda classificou a tentativa de atribuir responsabilidade à governadora como “inoportuna” por parte da classe política. “Os políticos estão achando que rede social é penico, que tudo pode ir para a rede social, que o bacana não é o que está publicado no Instagram, é quantas curtidas e quantos comentários ofensivos para queimar aquela pessoa, é o que é importante”, criticou.

Na última segunda-feira 20, o deputado federal Sargento Gonçalves (PL), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) e um grupo de apoiadores protocolaram um pedido de impeachment da governadora Fátima Bezerra na Assembleia. “Esperamos que a medida seja exitosa e os culpados por essa crise que já estava anunciada, possam ser responsabilizados na forma da lei”, disse o congressista, nas redes sociais.

George Soares criticou o que ele chamou de “política do quanto pior, melhor” e conclamou a união da classe política em ajuda ao Governo do Estado e ao povo potiguar. “É na crise, é nos momentos difíceis que a gente separa os homens dos meninos e eu estarei ao lado do Rio Grande do Norte, independente de quem seja o Governo”, finalizou o deputado do PV.

Hermano sugere linha de crédito para empreendedores impactados

Os ataques criminosos a estabelecimentos privados registrados em várias cidades do Rio Grande do Norte demandam, além de uma ação enérgica do Estado, um apoio financeiro por parte do governo estadual aos empreendedores afetados. A sugestão foi dada pelo deputado estadual Hermano Morais (PV), em pronunciamento na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira 21.

O parlamentar defende que o Governo do Estado crie uma linha de crédito para socorrer os empreendedores potiguares impactados pelos ataques criminosos que acontecem há mais de uma semana e já atingem cerca de 40 cidades do Rio Grande do Norte.

No total, entre ações criminosas contra bens públicos e privados, já foram contabilizados aproximadamente 300 ataques. Em resposta, as forças de segurança que atuam no Rio Grande do Norte e nos estados vizinhos já prenderam mais de 140 pessoas suspeitas de participarem dos crimes.

“Eu quero sugerir à senhora governadora que seja criada uma linha de crédito especial através da Agência de Fomento do Estado (AGN) para socorrer esses que, comprovadamente, tiveram prejuízos, como aquele senhor lá na zona Norte que de uma frota de seis ou sete veículos perdeu cinco, entre outros que nós sabemos que foram prejudicados. Vamos ajudar essas pessoas que empreendem a se reerguer e seguir em frente”, sugeriu.

O deputado destacou as ações que vêm sendo tomadas com o apoio do Governo Federal e o anúncio, por parte do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, de investimentos da ordem de R$ 100 milhões para a compra de equipamentos, veículos e estruturação do sistema de segurança pública do RN.

“A sociedade não pode ter usurpado o seu direito de ir e vir, como tem acontecido na última semana, mas as providências estão sendo tomadas e que elas tenham continuidade, para que nós possamos restabelecer a paz e o controle do Estado, e falo no sentido amplo, porque o problema não está só no Rio Grande do Norte, o problema é nacional, mas no Rio Grande do Norte ficou muito evidente”, destacou Hermano Morais.