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Golpe

Entorno de Bolsonaro acha que denúncia da PGR sai antes do Carnaval

Estratégia de Bolsonaro é esticar a corda de sua candidatura até o limite. Assim, ele trava a discussão de quem será seu sucessor na direita
Redação
11/02/2025 | 06:39

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aguardam para antes do Carnaval a denúncia envolvendo o inquérito do golpe. No Supremo Tribunal Federal (STF), a expectativa é de que a denúncia seja apresentada nos próximos dias. As informações são do blog de Andréia Sadi, do g1.

A ideia é julgar Bolsonaro até o fim deste ano. Para isso, ministros da Corte contam com uma denúncia fatiada da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com a atuação de juízes auxiliares para agilizar oitivas, assim como foi no caso do mensalão.

PGR inicia força-tarefa para analisar inquérito envolvendo Bolsonaro nesta segunda 2 - Foto: José Aldenir - Agora RN
Ex-presidente Jair Bolsonaro - Foto: José Aldenir - Agora RN

No entorno de Bolsonaro, ainda que, ao fim do julgamento, ele seja preso, já há uma discussão sobre repetir o movimento feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): articular uma mobilização popular com a prisão.

A estratégia de Bolsonaro é esticar a corda de sua candidatura até o limite. Assim, ele trava a discussão de quem será seu sucessor na direita.

Além da denúncia, advogados aguardam o resultado da análise do material apreendido durante a prisão de Braga Netto — mais especificamente, no que foi encontrado com o coronel Peregrino, que só foi alvo de busca e apreensão.

Em novembro de 2024, a PGR recebeu, oficialmente, o relatório final da Polícia Federal que indiciava Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado.

Já havia expectativa, ainda naquela época, de que a denúncia fosse apresentada a partir de fevereiro deste ano.

Se decidir por acusar formalmente o grupo no STF, a Procuradoria não precisa necessariamente seguir as conclusões da PF.

Ou seja, na prática, pode ampliar ou diminuir o rol de crimes, entender que foram configurados outros delitos, concluir de forma diferente sobre a contribuição de cada um dos denunciados para os atos ilícitos.

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