A defesa de Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira 19, a desistência do recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que o afastou do cargo. O documento, enviado ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso, encerra a disputa judicial iniciada após a destituição.
Em nota, Ednaldo afirmou que não concorrerá a qualquer cargo nem apoiará candidatos. “Desejo sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro”, declarou. A defesa justificou a decisão como forma de “restaurar a paz no futebol brasileiro” e citou o desgaste pessoal. “Sua vida familiar tem sido abalada por equívocos públicos, interpretações distorcidas e insinuações injustas, maledicentes e criminosas”, disseram os advogados.

A defesa atribuiu os ataques a grupos contrários às mudanças na gestão da CBF. “Diversos grupos nunca se contentaram com o fato de o futebol brasileiro ter rompido com oligarquias e de passar a ter transparência e governança”, afirmaram.
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Ednaldo foi afastado na quinta-feira (15) pelo TJ-RJ após o desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro acatar pedido do vice-presidente Fernando Sarney. A decisão citou indícios de falsificação em um acordo judicial que manteve Ednaldo no cargo. Um laudo médico e perícia grafotécnica indicaram que o dirigente Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes, não teria condições cognitivas para assinar o documento.
Sarney assumiu como interventor e deve convocar eleições, marcadas para 25 de maio. Xamir Saud, presidente da Federação Roraimense de Futebol, lidera a sucessão após registrar apoio de 25 das 27 federações estaduais, inviabilizando concorrentes.