O cooperativismo no Rio Grande do Norte alcançou resultados expressivos em 2024, movimentando mais de R$ 2 bilhões e representando 6% do PIB estadual. Sob a liderança da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Norte (Ocern), o setor tem se destacado pela busca constante de modernização,
eficiência e união entre suas 200 cooperativas registradas.
“O cooperativismo é o aperfeiçoamento do capitalismo. Ele fortalece a economia local, gera competitividade e promove segurança jurídica, eficiência e preços melhores para todos os envolvidos”, destaca Eduardo Gatto, presidente da Ocern. Segundo ele, um dos marcos de 2024 foi inserir o cooperativismo nas principais discussões econômicas do Estado. “Visitamos as grandes entidades representativas, como Fiern, Fecomércio e CDL, e fomos muito bem recebidos. Hoje, estamos em todas as mesas que discutem desenvolvimento econômico e social.” Com 95% das cooperativas atendidas por meio de consultorias, palestras e formações, a Ocern investiu fortemente em capacitação. “Somos a única unidade no Brasil com cursos técnicos em áreas estratégicas como enfermagem e energias renováveis, o que reforça nosso papel na qualificação de cooperados e funcionários. Isso é fundamental para o crescimento sustentável do setor”, afirma Eduardo.
A nova sede da Ocern, ao lado da Árvore de Mirassol, também marcou o ano. “O prédio moderno reflete nosso compromisso com a inclusão e a integração. É um espaço que aproxima as cooperativas e promove um ambiente de trabalho mais eficiente e acessível”, explica o presidente. Com expectativas altas para 2025, o foco está na regulamentação das cooperativas de seguros, segmento com grande potencial de crescimento. “Na Europa, as cooperativas de seguros são maiores do que as de crédito em ativos e movimentação financeira. Aqui no Brasil, elas podem trazer um impacto significativo para a economia, e estamos prontos para liderar esse movimento no Rio Grande do Norte”, projeta Eduardo.
Além disso, a Ocern celebra casos de sucesso como a Copservice e a Copfarma, que mostram o poder da intercooperação. “Essas cooperativas transformam pequenos negócios em modelos de eficiência. Na Copservice, por exemplo, os cooperados são donos do negócio e, ao final do ano, ainda recebem as sobras como uma forma de distribuir os lucros. Isso é o cooperativismo na prática”, conclui o presidente.
Com a meta de alcançar um trilhão de reais em movimentação financeira no Brasil até 2027, o cooperativismo no Rio Grande do Norte segue avançando. “Estamos apenas começando. Temos um potencial enorme de crescimento, e o cooperativismo será um dos grandes motores para o desenvolvimento do nosso Estado nos próximos anos”, finaliza Eduardo Gatto.