A situação de Cláudia Regina, do DEM, não está fácil. Afinal, apesar de ter vencido as eleições sobre a adversária Larissa Rosado, do PSB, ela é alvo de seis representações do Ministério Público Eleitoral por compra de votos e uso da máquina pública e pode ter o registro cassado antes mesmo da diplomação. Preocupada? Cláudia Regina garante que não. Tanto que ela segue trabalhando normalmente junto à equipe de transição para quando assumir a Prefeitura de Mossoró. Pelo menos, foi o que ela garantiu em entrevista aO Jornal de Hoje.
“Nós fomos notificados apenas segunda-feira (tem cinco dias para apresentar a defesa). Respeito todas as instituições, o Ministério Público, a Justiça Eleitoral, mas tenho certeza que fizemos uma caminhada limpa. Tenho convicção que a campanha foi limpa, pautada no respeito”, afirmou ela, ressaltando sua trajetória política isenta de qualquer irregularidade e afirmando que, inclusive, conhece a legislação (por ser advogada) e, por isso, não a infringiria.

Até o momento, seis foram as representações que o Ministério Público Eleitoral ingressou contra Cláudia Regina e o seu vice, Wellington Filho, do PMDB. São denúncias por compra de votos e uso da máquina pública, configurado por reuniões da administração municipal com servidores, em horário de expediente, para anunciar apoio à candidata do DEM (mesmo partido da atual prefeita, Fafá Rosado e da governadora Rosalba Ciarlini).
“Sempre fiz reuniões com eleitores”, garantiu Cláudia Regina, mas ressaltando que não está falando, especificamente, dessas reuniões denunciadas pelo MPE. “Não vou entrar nesse mérito, porque isso será feito pela assessoria jurídica”, acrescentou, reafirmando que, mesmo com essas denúncias, não mudou em nada o planejamento e o trabalho desse período.
“Não vejo porque ter mudado. Não teria porque mudar. Confio que a diplomação será na data marcada (18 de dezembro) e sigo trabalhando porque não cabe a mim alterar o trâmite desse momento”, afirmou Cláudia Regina que, inclusive, segue tendo reuniões com a equipe de transição em Mossoró e até já foi a Brasília se reunir com membros do Governo Federal para conseguir recursos.
Além das denúncias de uso da máquina municipal, o MPE também relatou que Cláudia Regina foi favorecida pela gestão estadual, quando a governadora Rosalba Ciarlini nomeou a filha do vereador Chico da Prefeitura, do DEM, para que fosse garantido o apoio dele a candidatura Democrata – Chico estava insatisfeito por não ter sido ele o escolhido para ser candidato.
Com relação a essas denúncias, as promotoras que a assinaram as representações, Ana Ximenes e Karine Crispim, afirmaram que as provas são robustas e que, por isso, não há dúvidas que o voto não foi “livre” em Mossoró. Por isso, além de pedir a cassação do registro (ou da diplomação, caso a decisão seja depois do dia 18) de Cláudia Regina e Wellington Filho, as promotoras solicitam, também, a realização de uma nova eleição.
O Jornal de Hoje