Ex-senador e presidente estadual do União Brasil, José Agripino disse em entrevista nesta terça-feira 29 que o partido deverá escolher um candidato ao Governo do Estado em 2026 baseado em pesquisas. A declaração foi dada durante o Jornal da Cidade, da rádio 94 FM.
“Quem é, na minha opinião, que deve ser o candidato a governador? Aquele que nas pesquisas demonstrar ser a melhor alternativa perante o eleitorado. O que for o preferido. Não tem porque desconfiar de pesquisa. Basta que você faça uma sequência e você consegue chegar. E aí, é respeitar a vontade antecipada do povo, antecipada de pesquisa”, disse ele.
O ex-senador disse ainda que é preciso dialogar com vertentes do centro acerca das alternativas para o pleito. “E tentar convencer os partidos de que se querem ganhar, se o centro quer ganhar, as alternativas são essa, essa e essa. É a tentativa que eu vou fazer com a isenção de quem não quer nada, se não escolher alguém com bom perfil para ganhar a eleição e para governar bem. Porque candidato eu não sou, interesse pessoal eu não tenho. Eu tenho interesse, sim, na vitória que leve o Estado de novo a se movimentar”, pontuou.
José Agripino ressaltou o destaque do União Brasil no cenário político local, que resultou na eleição de dois deputados federais e obteve destaque nas eleições municipais deste ano. “Carla Dickson, que agora vai ser deputada federal, não foi diplomada por dois mil e poucos votos. E agora, essa quantidade importante de candidatos a prefeito eleitos. Isso é produto de experiência e articulação”.
Ele apontou que Paulinho Freire venceu a disputa em Natal por causa da junção de vários partidos. “Foi a visão que nós tivemos de que a hora era do centro. Não era de extrema direita, nem de extrema esquerda. É tanto que o conjunto de partidos que nós conseguimos reunir, e o mérito é de Paulinho. Paulinho foi o costurador disso tudo, dessas alianças. É que fez com que o candidato do União Brasil tivesse o maior tempo de rádio e televisão. E tivesse apoio de Styvenson Valentim, de Rogério Marinho, de Álvaro Dias com o Republicanos, que foi um apoio importantíssimo. Nós montamos uma constelação de partidos importante”.
E continuou: “Se você juntar com muita gente, você tem chance de ganhar a eleição. Se você for para a luta sozinho, isolado, a sua capacidade de ganhar diminui muito. Por melhor candidato que você seja, carece estrutura, apoios e capacidade de se comunicar”.
José Agripino citou nomes possíveis para concorrer ao Governo do RN, a depender dos resultados das pesquisas eleitorais. “Styvenson Valentim é um nome bom, Rogério Marinho é um nome bom, Allysson Bezerra é um nome bom, é excelente, Álvaro Dias é um bom, é excelente, é claro”.
União Brasil deve dialogar com Ezequiel Ferreira e João Maia
Ainda acerca das articulações para 2026, José Agripino informou que o União Brasil deverá dialogar com o deputado estadual Ezequiel Ferreira, presidente estadual do PSDB, e o deputado federal João Maia, presidente estadual do PP.
“Eles serão bem-vindos? Serão. O que aconteceu na campanha de 2024 vai ser relembrado? Vai. É preciso modificar o comportamento para que eles sejam, porque eles vão querer ter protagonismo. Porque João Maia deverá ser candidato a alguma coisa e Ezequiel também.
Para ser candidato eles têm que botar a cara do partido e botar a cara deles próprios. Então eles serão chamados para a conversa? Claro que serão chamados. Qual vai ser a participação deles? Proporcional ao interesse deles se elegerem. Aquilo para o que foram candidatos. Do contrário, não interessa nem a nós, nem a eles. É uma questão de pragmatismo”, argumentou ele, ao comentar sobre o distanciamento de ambos os deputados no pleito municipal.
José Agripino reconheceu que o tempo de televisão do PSDB e do PP, usado por Paulinho Freire, foi importante. “Agora, teria sido melhor se eles tivessem botado a cara, tivessem feito como outros fizeram. Rogério Marinho teve algumas aparições na TV. Eu cheguei a me encontrar com ele em palanque. Álvaro Dias nem se fala, o Solidariedade também deu a sua participação”.