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Calor aumenta gasto de energia e concessionária monitora consumidores

Em fevereiro, consumo de energia aumentou 7,1% em relação ao 2º mês de 2023; previsão do tempo para o feriado de Páscoa é de clima chuvoso, mas com temperaturas médias elevadas
Redação
30/03/2024 | 11:23

Com previsão de temperaturas médias que variam de 24ºC a 35ºC para este final de semana, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), a tendência é de que haja um aumento de consumo de energia nos próximos dias no Estado. Em fevereiro o consumo de energia aumentou 7,1% em todo o estado, de acordo com a Neoenergia Cosern. O consumo de energia nacional bateu recorde no último dia 15, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A Cosern se diz preparada para o aumento de consumo de energia em virtude da sensação térmica de maior calor.

De acordo com a Emparn, o feriado de Páscoa deve ser chuvoso em todas as regiões do estado, mas terá temperaturas médias alcançando os 35ºC no interior do estado e a 31ºC no litoral potiguar. Gilmar Bristot, chefe da unidade de Meteorologia da Emparn, explica que aquecimento das águas do oceano provocam mais umidade que as águas na faixa litorânea do Nordeste, que já estão quase dois graus acima do normal. “Essa umidade é trazida pelo vento, e como o vento está mais fraco, ela fica suspensa aqui no litoral, mantendo assim, tanto a sensação térmica de mais calor, como essa questão da temperatura mais alta”, disse.

Neoenergia Cosern reforçou infraestrutura para aguentar maior demanda / Foto: reprodução
Neoenergia Cosern reforçou infraestrutura para aguentar maior demanda / Foto: reprodução

A causa das chuvas segue em virtude da atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sob o Rio Grande do Norte. “A Zona de Convergência Intertropical, fenômeno responsável pelas chuvas no Nordeste nesta época do ano segue atuando sobre o território potiguar e associado às temperaturas mais aquecidas das águas superficiais do oceano Atlântico, formam um cenário favorável para a continuidade das chuvas no RN”, explicou.

Neoenergia Cosern intensifica medidas para atender demanda crescente no Estado

As temperaturas altas e a sensação térmica que fazem parte da rotina do potiguar neste ano causaram recentemente um aumento no consumo de energia. De acordo com a Cosern, houve um crescimento de 5,9% no consumo energético no RN nos meses de janeiro e fevereiro. Em janeiro, a alta foi de 4,7%, quando comparado ao mesmo mês de 2023. Em fevereiro, o consumo de energia foi ainda maior em comparação com o segundo mês do ano passado: 7,1%.

Segundo a concessionária, há uma preparação específica por parte da empresa baseada no comportamento do consumidor. “A Neoenergia Cosern monitora diariamente, e em tempo real, o comportamento do mercado para atender com qualidade o aumento da demanda por energia elétrica. No geral, a distribuidora realiza um planejamento estratégico de forma a garantir, com pelo menos dez anos de antecedência, o fornecimento de energia elétrica demandado pelo crescimento populacional e econômico de determinada região do RN”.

A concessionária afirmou que colocou em prática um plano para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir o fornecimento de energia elétrica. A empresa também afirma executar um “Plano Verão” desde julho do ano passado, com uma série de ações planejadas para reforçar o fornecimento de energia elétrica com novos transformadores, manutenções, podas preventivas e construção de novas linhas de alta tensão no RN.

Segundo ela, o consumo consciente de energia é uma das pautas frequentes. No ano passado, houve um investimento de R$ 12 milhões em projetos que ajudaram a consumir energia de forma mais eficiente. “Entre os destaques das ações quase 500 luminárias de LED no campus central da UFRN, a um custo aproximado de R$ 1 milhão, beneficiando a comunidade acadêmica e cerca de 50 mil moradores do entorno. A substituição representou uma redução estimada em R$ 200 mil reais na conta de luz da instituição, que passou a economizar um volume de energia equivalente ao consumo de 350 residências por mês”, finalizou.

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