O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a Natal por volta das 11h desta sexta-feira 11 após passar mal no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi transferido de helicóptero desde Santa Cruz, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, com queixas de dores abdominais. A agenda no interior foi cancelada.
Bolsonaro pousou no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel e foi encaminhado, de ambulância, para o Hospital Rio Grande, onde uma equipe médica estava de prontidão para avaliá-lo. Fontes médicas informaram que uma equipe especializada foi mobilizada para acompanhar o caso.

O mal-estar ocorreu enquanto o ex-presidente se deslocava de Bom Jesus, onde fez um discurso político, para Acari. Ele chegou a relatar os sintomas em Tangará, sendo socorrido até a unidade hospitalar de Santa Cruz. O helicóptero decolou de um campo de futebol do município.
Além das queixas de dores abdominais, Bolsonaro também disse sentir náuseas, conforme a equipe médica que atendeu o ex-presidente em Santa Cruz.
A governadora Fátima Bezerra (PT) determinou empenho total das secretarias estaduais de Saúde (Sesap) e Segurança Pública (Sesed) para garantir a assistência ao ex-presidente. O helicóptero Potiguar 02 foi mobilizado pela Sesed e a Secretaria de Saúde foi orientada a prestar o suporte necessário.
Novas informações devem ser divulgadas nas próximas horas.
“Bolsonaro sofreu uma facada de verdade”, diz Rogério Marinho
O senador Rogério Marinho (PL-RN) comentou o mal-estar sofrido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em vídeo divulgado nas redes sociais, Marinho afirmou que Bolsonaro sentiu dores abdominais “insuportáveis” ao chegar ao município de Tangará e precisou ser levado às pressas para atendimento médico.
“É uma pena que, neste momento, a gente verifica que o presidente Bolsonaro, ao contrário de outros, ele, de fato, sofreu uma facada. E essa facada tem dado a ele, à sua saúde, sérios problemas”, declarou o senador, em referência ao atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha de 2018.
O senador acompanhava Bolsonaro no evento que marcou o início da caravana “Rota 22”, e relatou o entusiasmo do público ao longo do percurso, que precisou ser interrompido devido ao problema de saúde. “A população ao longo da estrada, com bandeiras e faixas, viveu um dia muito feliz. Mas, infelizmente, tivemos que suspender a agenda”, disse.
Marinho pediu orações pela recuperação do ex-presidente. “São problemas que ele enfrenta com muita garra, com muita vontade, com muita disposição. Estamos confiantes de que o presidente vai sair dessa.”
Discurso em Bom Jesus
Mais cedo, o ex-presidente criticou o atual governo federal e afirmou que sua gestão repassou recursos federais de forma regular aos municípios e estados do Nordeste, sem nenhum atraso.
“Eu duvido quem aponte uma só medida positiva do atual governo. Uma só, não tem […] Duvido que um só prefeito do Nordeste deixou de receber em dia e a mais os recursos federais. Tanto é verdade que nenhum prefeito atrasou a folha de pagamento”, declarou Bolsonaro.
Segundo ele, sua administração terminou com saldo financeiro positivo: “Acabamos com o dinheiro em caixa, tínhamos tudo para dar certo, mas nada está perdido”.
Durante o discurso, pediu ao público que compare os dois governos: “Nós vamos acreditar. Vamos fazer comparações, comparar o nosso governo, o nosso ministro, com os atuais. Dá para comparar, Paulo Guedes com [Fernando] Haddad? Dá para comparar Waldez [Góes] com Rogério Marinho? Dá pra comparar Janja com Michelle?”.
Ao encerrar sua fala, o ex-presidente ainda comentou: “Se Deus quiser, vamos voltar e vamos fazer esse nosso país decolar. Acredito em vocês, acredito no Brasil e acredito no nosso bom Deus. Muito obrigado a todos vocês”.