Após o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) ter aprovado por unanimidade o relatório da Comissão de Sindicância que apurou denúncias de irregularidades cometidas pela ex-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Norte (CAARN), Monalissa Dantas. Ela fez críticas à Ordem.
Em nota enviada ao Agora RN, Monalissa lamentou que “a sindicância tenha agido de modo político”. “Prova disso é o vazamento de um processo sigiloso em veículos de comunicação com o único propósito de macular a minha imagem, processo esse irregular do início ao fim, inclusive com o cerceamento do direito de defesa”, disse.

Ainda de acordo com a nota divulgada, a ex-presidente reafirmou que “as despesas foram todas em favor de ações para a advocacia, desenvolvidas ao longo de anos de trabalho sério e marcados pela entrega de resultados” e adiantou que irá “tomar todas as medidas para o restabelecimento da verdade e a punição dos culpados pelos danos a mim causados.”
Por fim, ela alegou que a sua “não disposição pra subserviência motivaram o massacre moral que tentam impor” contra ela que acredita que tenha sido uma estratégia para afastá-la da possibilidade de se tornar candidata à presidência da instituição, acreditando que este parece um “motivo é óbvio.”
Perdeu o cargo
Em reunião na tarde desta quinta-feira, 2, o Conselho Seccional da OAB/RN aprovou por unanimidade o relatório da Comissão de Sindicância que apurou denúncias de irregularidades cometidas pela então presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Norte (CAARN), Monalissa Dantas.
O Conselho Seccional acolheu as recomendações da Sindicância e determinou a imediata perda do cargo da presidência da instituição, “em decorrência de vastos elementos indiciários que levou a Comissão a concluir por prática de atos de improbidade”. Ela estava afastada temporariamente desde o início da sindicância, em maio deste ano.
Também foi decidido pela instauração de processo ético-disciplinar para apurar a responsabilidade da então presidente da CAARN por gestão clandestina de recursos da instituição para pagamento de despesas irregulares, o que resultou em um prejuízo financeiro no aporte de R$ 39.500,06. A ex-presidente da instituição deverá ressarcir o valor acrescido de juros e correção monetária.
Foram cerca de três meses de investigação em que a Comissão ouviu testemunhas e colheu provas, que partiram da diretoria e funcionários da própria CAARN. A OAB/RN e CAARN reiteram a transparência e o compromisso de seguir prestando assistência à advocacia potiguar.