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Adoção

Justiça aponta 51 adoções entre janeiro e setembro de 2024 no RN

Atualmente, 48 crianças e adolescentes ainda estão à espera de adoção
Redação
13/10/2024 | 16:09

Segundo informações da Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (CEIJ/TJRN), o número de adoções de crianças e adolescentes no Rio Grande do Norte teve um leve aumento em 2024. Foram registrados 51 casos até setembro, comparado a 50 no mesmo período de 2023.

Em 2023, a média mensal de adoções entre janeiro e setembro foi de 5,55, enquanto em 2024 esse número subiu ligeiramente para 5,66 por mês. Atualmente, 48 crianças e adolescentes ainda estão à espera de adoção, enquanto 521 pessoas estão habilitadas para adotar. No entanto, 334 desses pretendentes desejam adotar crianças de até 4 anos de idade.

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Criança - imagem ilustrativa - Foto: José Aldenir / AGORARN

Cerca de 50 crianças e adolescentes estão aptos para adoção no RN, mas fila não anda por incompatibilidade de perfis

No Rio Grande do Norte, enquanto cerca de 490 pessoas estão na fila de pretendentes para adoção, aproximadamente 50 crianças estão aptas para serem adotadas. No entanto, a fila continua parada e, segundo o coordenador estadual da Infância e Juventude (Ceij/TJRN), juiz José Dantas, o motivo pela não adoção é a incompatibilidade de perfis exigidos pelos pretendentes.

“A pergunta sempre é ‘por que essas pessoas não são adotadas? A resposta é porque elas não estão incluídas dentro do perfil desejado por esses pretendentes”, afirmou José Dantas. O coordenador da Ceij/TJRN explicou que existe um grupo especial para as crianças que por razões específicas deixam de ser desejadas, entre elas crianças que fazem parte de grupos de irmãos, bem como as que têm mais de nove anos.

“Às vezes, são duas ou três crianças que são irmãos e a pessoa não quer adotar todos, só quer adotar um, por exemplo. A recomendação é que adote os três. Excepcionalmente, nós poderíamos separar grupos de irmãos, mas é exceção. Outro perfil que também não é desejado é o de crianças que têm mais de nove anos ou de adolescentes, então estes também ficam invisíveis, mas temos adolescentes que estão aguardando a família”, ressaltou Dantas.

Além disso, o juiz explicou que crianças portadoras de alguma deficiência acabam não fazendo parte do perfil desejado pelos pretendentes, bem como crianças pretas. “É o que a gente chama de inter-racial. São as pessoas que são de cor branca e não querem adotar de cor negra, ou vice-versa, pessoas negras que não desejam adotar crianças brancas”. Entre as pessoas que são adotadas, as mais escolhidas são as que têm idade entre 0 e 3 anos de idade, são brancas e pardas.

“Por isso que a fila demora a andar. Tem pessoas que estão na fila há quatro anos e não adotam porque elas indicaram, na hora do cadastro [no sistema], que desejavam adotar crianças de até três anos de cor branca, por exemplo, e não encontrar alguém com esse perfil torna a adoção mais difícil”, esclarece. No entanto, ele também afirmou que, no caso dos pretendentes modificarem o perfil desejado, o processo de adotar se torna mais fácil tanto para os candidatos à paternidade quanto para as crianças que esperam por uma família.

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