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Heitor Gregório

Nominatas: Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também

Confira a coluna de Heitor Gregório desta sexta-feira 10
Heitor Gregório
10/10/2025 | 05:24

“Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também…”. O verso eternizado pelos Tribalistas poderia muito bem embalar o clima político do Rio Grande do Norte neste pré-eleitoral de 2026.

As nominatas para deputado estadual e federal estão se desenhando como nuvens em dia de vento forte. E como já dizia Magalhães Pinto, “a política é como uma nuvem: você olha e ela está de um jeito; olha de novo e já mudou.”

Nominatas: Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também - Foto:

No RN, essa mudança tem ritmo acelerado. Com poucas legendas oferecendo espaço competitivo, as conversas e sondagens se multiplicam. Tem pré-candidato que acorda decidido a ficar onde está e, no dia seguinte, já cogita trocar de sigla. Uns por estratégia, outros por sobrevivência.

Nos bastidores, o refrão ecoa como filosofia: “já que não posso ter um só amor, vou tentar contentar a todos.” A fidelidade partidária tornou-se elástica, e as promessas mudam conforme o vento que sopra da capital ou do interior.

O eleitor potiguar, por sua vez, observa de longe, se, no fim das contas, alguém ainda é de alguém.
Até o sol nascer para o dia da eleição, muita nuvem ainda vai mudar de forma.

Ministro Ribeiro Dantas: dez anos de trajetória no STJ

Em noite de prestígio e emoção, o Espaço Cultural do Superior Tribunal de Justiça lançou, nesta quarta-feira (8), a obra “Marcelo Navarro Ribeiro Dantas – 10 Anos no Tribunal da Cidadania”, em homenagem à primeira década de atuação do ministro potiguar no STJ.

A publicação reúne artigos e depoimentos de 25 coautores — entre eles, ministros do STF e do próprio STJ, magistrados, professores, familiares e amigos — que celebram a trajetória jurídica e humana de Ribeiro Dantas.

O evento reuniu expressivas autoridades da República, com destaque para o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o ex-procurador-geral da República Augusto Aras e o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, além de inúmeros ministros do STJ, entre eles o também potiguar Luiz Alberto Gurgel de Faria.

O silêncio de Rogério Marinho

O senador Rogério Marinho (PL) mergulhou nos últimos dias. Apareceu rapidamente no último dia 7, quando participou e discursou de uma manifestação em Brasília a favor da anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Tem se mantido discreto nas falas públicas sobre o cenário político do Rio Grande do Norte, mas, nos bastidores, Rogério segue conversando e articulando .

Entre aliados, cresce a avaliação de que o senador não deve ser candidato ao Governo do Estado em 2026. É aí que surge o nome do ex-prefeito Álvaro Dias como governadorável, trocando o Republicanos pelo PL.

Eriko e a difícil tarefa de montar uma nominata própria para deputado estadual

O presidente da Câmara Municipal de Natal, Eriko Jácome (PP), é o nome preferido do prefeito Paulinho Freire (União Brasil) para assumir o comando do Republicanos, caso o ex-prefeito Álvaro Dias confirme sua filiação ao PL. A mudança, no entanto, não é simples. Para deixar o PP, Eriko depende da liberação do presidente estadual da sigla, deputado federal João Maia, e também quer garantir uma nominata competitiva. De volta de São Paulo esta semana, o vereador já se deparou com a dificuldade de montar um grupo consistente para disputar vagas na Assembleia Legislativa.

Três caminhos para 2026

O cenário começa a ficar cada vez mais claro de que teremos três candidaturas competitivas ao Governo do RN em 2026: pelo PL, o nome ainda é uma incógnita entre o senador Rogério Marinho e o ex-prefeito Álvaro Dias; pelo União Brasil, a aposta é no prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que segue liderando as pesquisas; e pelo PT, o projeto é fazer o secretário Cadu Xavier como sucessor da governadora Fátima Bezerra.