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Opinião

Luiz Eduardo fala em “traidor”, Gustavo clama por voto aberto e Neilton Diógenes silencia

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Redação
28/06/2024 | 07:31

A sessão de ontem da Assembleia Legislativa foi de ressaca da eleição interna e secreta para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Dois pronunciamentos focaram na disputa, que elegeu George Soares como novo conselheiro, com 1 voto a mais que Gustavo Carvalho.

“O que me deixou mais perplexo foi você sair e estar com 12 deputados dentro do gabinete, sair para votar e aparecer 11 votos. Um deputado profissional que se presta a um serviço desses, de chegar e trair… Não foi só Gustavo que foi traído. Foram traídos os 10 deputados que estavam com esse deputado. Quero saber como esse cidadão, que traiu aqui no voto, como essa pessoa se olha no espelho?”, indagou Luiz Eduardo.

Sessão na Assembleia. Foto: Reprodução.
Sessão na Assembleia. Foto: Reprodução.

Em seu momento de fala, Gustavo Carvalho parabenizou George Soares e agradeceu aos “11 leões que chegaram às urnas com a dignidade preservada, honrada”. Observado por alguns parlamentares, soltou esta: “Eu espero que, a partir desse processo, não ocorra nunca mais, na história dessa Casa, uma não exposição de voto. Como é que nós temos um colégio de 24 deputados, e nós temos pessoas que não declaram voto?”, indagou Gustavo, sendo observado pelo deputado Neilton Diógenes (PP), que não fez apartes e preferiu o silêncio.

MAL-ESTAR

No PP, alguns estão satisfeitos com a posição do deputado Neilton Diógenes, como o deputado federal João Maia e assessores como João Madson e Xuxu Targino, articuladores que garantiram o voto de Neilton a Gustavo Carvalho. Sem falar na tristeza do ex-prefeito de Pau dos Ferros Leonardo Rego (PP), filho do suplente Getúlio Rego, que assumiria o mandato caso Gustavo tivesse vencido para o TCE.

SERIDÓ

O deputado Nelter Queiroz saiu da sessão, após votação que elegeu George Soares conselheiro do TCE, e foi abraçar Vivaldo Costa (PV), que deve assumir nos próximos dias a vaga com a renúncia de George Soares. Vivaldo foi governador, foi vice-governador, presidente da Assembleia Legislativa, tudo na década de 1990. Aos 84 anos, retorna à Casa.

MINISTRO

No auge dos seus 79 anos, o ex-senador José Agripino Maia mostrou que tem planos para o futuro. Aceita ser ministro, cargo que nunca exerceu em sua vida pública, de mais de 40 anos. Mas só caso fosse convidado em um eventual governo de direita, seja com os hoje governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) ou Ronaldo Caiado (GO). Os três vêm sendo cotados ao Palácio do Planalto em 2026. A declaração foi ontem à TV Ponta Negra, no jornal comandado por Micarla de Sousa, sua antiga aliada e a quem apoiou para prefeita de Natal em 2008.

BRINCADEIRA

“Isso é uma brincadeira, uma invencionice de quem está querendo transpor para o União Brasil eventuais divergências que existem na casa de quem está criando essas histórias”, minimizou Agripino, em entrevista ontem à TV Tropical, sobre as especulações de que pode deixar o comando do União Brasil no Estado, após divergências com os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire.

FUNDO DE VERDADE

Em Brasília, fonte da Coluna Opinião confirmou a intenção dos deputados, que em 2026 tentarão à reeleição, caso Paulinho Freire não seja eleito prefeito de Natal. O diretório estadual da sigla tem vencimento em abril de 2026, ano da disputa estadual. Hoje, Benes é o vice-presidente e Paulinho, secretário-geral.

COMPARAÇÃO

“Bom, o STF e grande parte da imprensa brasileira entenderem a diferença de um golpe e uma baderna”, afirmou o senador licenciado Rogério Marinho (PL), ao compartilhar uma notícia sobre o episódio na Bolívia. A estratégia tem sido usar o caso na Bolívia para argumentar que as invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no 8 de Janeiro de 2023, não foi uma tentativa de golpe de Estado.

2026

O presidente Lula (PT) foi questionado em entrevista sobre a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a disputar o cargo em 2026. “Eu não veto candidato adversário. Se ele conquistar [a reversão da inelegibilidade], que seja. Se eu derrotei ele quando eu era oposição e ele situação, imagina agora. Vou mostrar para ele que quem está na Presidência [da República] só perde a eleição se for incompetente”, disse Lula em entrevista à rádio Itatiaia.

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