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Leo Souza

Leo Souza – Vereador estadual

Confira a coluna de Leo Souza deste sábado 07
Leo Souza
07/06/2025 | 05:11

Outro dia recebi um apelido na Câmara Municipal de Natal: “Vereador estadual”. Havia um tom crítico na fala, como se fosse uma forma de desmerecer a minha fala.

Ora, logo eu, que carrego o RN tatuado no braço e sempre fui um fã apaixonado da nossa terra. Logo eu, que tive a opção de trabalhar e morar em um grande centro, mas decidi viver e contribuir pra participar da vida das pessoas, seja na televisão ou no mandato de vereador.

Câmara Municipal de Natal / Foto: CMN
Câmara Municipal do Natal - Divulgação

Eu sei que foi uma forma de dizer que eu estava desviando o foco, por estar fazendo críticas à gestão estadual e não me limitando ao município. Afinal, estou no cargo de vereador.

Por isso, apesar do tom ácido, esse apelido não ofende. Na verdade, tem justamente o sentido contrário: me concede mais responsabilidade para refletir a que ponto estamos.

O RN é um estado que inaugura asfalto e comemora aumento de imposto; que tem uma fila de 100 pessoas precisando de leito de UTI. Aliás, onde crianças morrem esperando um leito para serem cuidadas.

E eu não posso falar disso? Não posso dizer que, esse mesmo Estado, quando criticado porque tem um dos piores índices na educação de todo o País, justifica que tem valorizado o professor mais do que qualquer outro?

A verdade, meu amigo e minha amiga, é que a soma de tanta incompetência tem expulsado muita gente do Rio Grande do Norte. Infelizmente. E isso tem que ser dito por mim, por você, por todo mundo.

Precisamos ter a ciência disso e buscar uma solução. O problema não some quando a gente ignora. Geralmente, ele cresce.

Alguns órgãos que deveriam facilitar, trabalham para dificultar quem gera emprego. Atrapalham quem paga imposto. E só aceita ser aplaudido.

E a minha geração, que nos outros estados está surfando nos incentivos para desenvolver com os avanços tecnológicos, aqui no Rio Grande do Norte, só sonha em ir embora.

Os grupos políticos se organizam para projetos de poder, de partidos. Quando na verdade falta o projeto de Estado, de desenvolvimento.

Não se engane. Quando usarem a desculpa de justiça social para justificar o caos do Rio Grande do Norte, lembre-se que o Estado, digo, o setor público, não consegue fornecer o básico: saúde, educação, emprego, segurança, mas ainda quer mais dinheiro. Não se conforme com isso.

Cobre projetos. Ideias. Não tenho vergonha de ser, assim como eu, um desses inconformados.

Porque é encontrando um monte de coisa que diziam que não mudaria nunca, que a gente segue mudando.

E para tudo que a gente encontre solução, dentro ou fora da política, dentro ou fora dos “limites de atuação de um vereador”, eles sempre vão encontrar um problema para justificar algo que eles nunca fizeram.