Em São Paulo, jovens influenciadoras digitais têm deixado o trabalho exclusivo nas redes sociais para retomar empregos formais. Gabriella Gimenes, 28 anos, passou quase um ano dedicada integralmente à produção de conteúdo antes de decidir voltar ao regime CLT, mantendo a criação digital como fonte de renda extra. As informações são do Jornal Extra.
O movimento ocorre em meio à instabilidade financeira e à busca por segurança profissional. Gabriella relata que, em alguns meses, ganhava apenas R$ 30.
“Era muito difícil não saber como o conteúdo iria performar. Tinha mês que não ganhava praticamente nada e mês que conseguia fechar R$ 5 mil com parcerias. A instabilidade financeira e a insegurança foram fatores decisivos para eu repensar minha carreira exclusivamente digital”, disse.

A situação também foi vivida por Maíra Post Müller, 31 anos, que deixou a carreira de criadora de conteúdo por incertezas financeiras e pessoais.
Pesquisas apontam que metade dos criadores digitais no Brasil recebe até R$ 5 mil por mês, enquanto apenas uma pequena parcela supera R$ 20 mil mensais. Diante dessa realidade, a estabilidade do trabalho com carteira assinada tem se tornado uma alternativa para muitos.
Especialistas do setor avaliam que o retorno de influenciadores ao mercado formal não representa o fim da carreira digital, mas um amadurecimento da profissão. Com o aumento de criadores, a redução do alcance orgânico e as exigências maiores das marcas, muitos têm buscado diversificar suas fontes de renda ou ocupar cargos estratégicos em empresas, conciliando segurança financeira e liberdade digital.